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Covid-19: Câmara de Viseu lamenta ausência de diálogo do Governo sobre retoma de eventos

LUSA
30-04-2020 11:56h

O vereador da Cultura na Câmara de Viseu, Jorge Sobrado, lamentou hoje a ausência de diálogo do Governo com os municípios sobre a "retoma das atividades culturais e turísticas e, em particular, dos grandes eventos públicos".

Durante a reunião do executivo camarário, Jorge Sobrado exprimiu a sua "incompreensão e indignação" relativamente ao "silêncio a que o Governo tem votado os municípios na definição e no debate" da retoma destas iniciativas, no âmbito da pandemia de covid-19.

"Que o silêncio dê lugar a um diálogo, no mínimo, a uma auscultação", pediu o vereador, lembrando que "os municípios podem ser a parte pequena da despesa pública, mas são a parte grande - a parte de leão - do investimento cultural e da animação turística e comercial dos territórios".

Jorge Sobrado frisou que "a incerteza não implica e afeta apenas os produtores de grandes festivais de Lisboa e do Porto, mas também muitas estruturas, produtores, artistas, técnicos e pequenos e médios empresários que trabalham em grandes eventos de outras cidades, como a Feira de São Mateus", que durante várias semanas de verão anima a cidade de Viseu.

"Os municípios não podem ser ostracizados nesse debate e não podem ser os últimos a saber. Não servimos apenas para pagar faturas que caberiam ao Estado central. Esperamos ser tratados no respeito pelo nosso trabalho e pelas competências que exercemos", disse o também gestor da Viseu Marca.

A Feira de São Mateus é uma iniciativa do município de Viseu, com organização executiva da Viseu Marca, que já tinha anunciado alguns nomes do cartaz musical da Feira de São Mateus deste ano, como Melim, Kevinho, Ana Moura, Grupo Revelação, Mão Morta, Jafumega e Delfins.

De 06 de agosto e 13 de setembro, a autarquia esperava voltar a reunir mais de um milhão de pessoas neste certame secular.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 224 mil mortos e infetou cerca de 3,2 milhões de pessoas em 193 países e territórios. 

Cerca de 890 mil doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 973 pessoas das 24.505 confirmadas como infetadas, e há 1.470 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

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