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Raimundo acusa Governo de falhar na defesa dos direitos dos enfermeiros

LUSA
17-10-2025 13:44h

O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, acusou hoje o Governo de falhar na defesa dos direitos dos enfermeiros, denunciando uma grave desregulação dos horários que compromete a vida e dignidade profissional.

“O Governo está a falhar, no que respeita a estes trabalhadores, em procurar espezinhar os seus direitos”, afirmou Paulo Raimundo, que se associou à concentração de várias centenas de enfermeiros junto ao Ministério da Saúde, em Lisboa.

A mobilização insere-se na greve nacional convocada pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), que acusa o executivo de querer poupar dinheiro à custa dos profissionais de saúde.

O secretário-geral do PCP considerou que o atual modelo de gestão hospitalar está a colocar em risco a vida dos profissionais, denunciando que a organização dos turnos está a ser entregue exclusivamente às administrações hospitalares, sem salvaguarda dos direitos laborais.

“É colocar nas mãos da gestão a vida das pessoas”, acusou, exigindo medidas urgentes para proteger os profissionais e garantir condições dignas no Serviço Nacional de Saúde.

Paulo Raimundo afirmou que os enfermeiros estão “a defender a sua profissão, as suas carreiras”

“Parece que a ‘troika’ voltou, desde logo na desregulação dos horários de trabalho”, afirmou, sublinhando que a luta dos profissionais da saúde é também pela defesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Raimundo alertou para o impacto do novo pacote laboral, que considera uma ameaça extensível a todos os trabalhadores da administração pública.

“Precisam de ser dignificados, precisam de ser valorizados, e não precisam de ser espezinhados com a desregulação total dos horários de trabalho”, declarou, criticando o que vê como uma tentativa de fragilizar o serviço público.

Para o dirigente comunista, a mobilização dos enfermeiros representa uma conjugação entre a defesa dos seus direitos e a exigência de condições que garantam a resposta do SNS às necessidades da população.

“Eles estão aqui a defender os seus direitos, mas também estão a defender as condições para que o SNS dê resposta às necessidades”, concluiu.

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