Entraram hoje em vigor novas tarifas de 100% à importação de alguns medicamentos e de 25% sobre camiões pesados, anunciadas há cerca de uma semana pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Tal como Trump anunciou a 25 de setembro, os medicamentos "de marca ou patenteados" fabricados no estrangeiro enfrentam tarifas de 100% a partir da meia-noite (05:00 em Lisboa).
O magnata informou ainda que os camiões pesados enfrentam tarifas de 25%, impostas devido à "concorrência externa desleal" que as importações destes equipamentos representam para os fabricantes norte-americanos.
O Governo não especificou detalhes sobre as novas medidas ou se estes valores serão adicionados às tarifas já impostas à maioria dos parceiros comerciais dos Estados Unidos.
Trump insistiu que as tarifas não se aplicarão aos medicamentos genéricos e às empresas farmacêuticas com projetos de construção em curso, incluindo os anteriores à sua administração.
Grandes empresas como a Eli Lilly e a Pfizer anunciaram investimentos multimilionários na construção, deslocalização e expansão de fábricas nos Estados Unidos, para tentarem evitar a imposição as tarifas.
A Casa Branca especificou à CNN que irá honrar os acordos assinados com a União Europeia e o Japão, que limitam as tarifas a 15%, beneficiando as empresas europeias AstraZeneca, GSK, Novartis, Sanofi e Novo Nordisk.
No caso dos camiões pesados, a medida não deverá ter impacto nos veículos vindos do México e do Canadá, uma vez que estão incluídos no acordo de comércio livre trilateral, desde que pelo menos 64% das peças sejam fabricadas na América do Norte.
No entanto, prevê-se que estas tarifas afetem mais duramente a China, o Vietname e a Tailândia, que, em conjunto, representam mais de 70% das importações de camiões pesados dos EUA.