Os dados avançados hoje pelo chefe do departamento de saúde pública na direção provincial de saúde, Jaime Miguel, indicam que, entre 03 e 21 de setembro, o distrito de Moma soma 36 casos, dos quais 34 já tiveram alta hospitalar e os restantes permanecem internados nas unidades sanitárias locais.

“Nós tínhamos declarado o fim do surto em Moma, mas começamos a registar alguns casos numa área, concretamente em Metil. Orientamos os colegas a fazerem o rastreio (...). Dos quatro testes, três confirmaram e pedimos que pudesse reativar o surto e estão neste momento todos a fazer o tratamento”, disse o responsável.

Nesta nova vaga de cólera naquele distrito não há registo de óbitos, avançou.

Em 16 de setembro, o Governo de Moçambique anunciou querer eliminar a cólera “como um problema de saúde pública” no país até 2030, aprovando um plano avaliado em 409 milhões de euros.

De acordo com o mais recente boletim da Direção Nacional de Saúde Pública, do Ministério da Saúde, com dados de 17 de outubro de 2024, data em que foi declarado no distrito de Mogovolas (Nampula), até 13 de setembro último, o surto de cólera provocou 3.603 infetados nesta província do norte do país, com 40 óbitos.

Além do distrito de Moma, na província de Nampula, o surto é considerado atualmente ativo, também, em Muanza, província de Sofala, centro do país, quando em julho eram sete distritos com casos ativos, de cinco províncias.

Até ao momento, o surto regista uma taxa de letalidade de 1,4%, sendo que 48 dos 64 óbitos foram registados nas comunidades, fora das unidades de saúde.

Mais de 1,7 milhões de pessoas foram vacinadas em maio contra a cólera na província de Nampula, correspondendo a 99% da meta inicial, anunciaram anteriormente as autoridades de saúde.