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Plano de emergência da saúde com duas medidas urgentes e seis prioritárias por concluir

LUSA
23-05-2025 06:45h

Duas medidas do plano de emergência da saúde consideradas urgentes, que deveriam estar concluídas há nove meses, estão ainda em curso, tal como seis prioritárias, que deveriam ter resultados no final do ano passado, segundo dados oficiais.

De acordo com o ‘site’ de monitorização do Plano de Emergência e Transformação da Saúde (PETS), ainda não estão concluídas duas medidas consideradas urgentes, que deveriam ter resultados até final de agosto do ano passado: a requalificação dos espaços dos serviços de urgência – urgência geral / psiquiátrica (Eixo 3 - Cuidados Urgentes e Emergentes) e a desinstitucionalização de situações crónicas em saúde mental (Eixo 5 - Saúde Mental).

Além destas duas medidas urgentes (de um total de 15) por concluir, seis outras consideradas prioritárias (de um total de 26) também estão em curso: a nova prioridade clínica para os doentes oncológicos, a criação das Unidades de Saúde Familiar modelo C (USF C), o reforço da resposta pública em parceria com o setor privado (Associações de Médicos e Cooperativas), incentivo à adesão ao regime voluntário de carteira adicional de utentes, os programas estruturados de intervenção na ansiedade e na depressão nos Cuidados de Saúde Primários e a criação de serviços de saúde mental regionais para internamento de doentes de elevada complexidade.

O PETS, apresentado a 29 de maio de 2024, está dividido em cinco eixos prioritários: Resposta a Tempo e Horas, Bebés e Mães em Segurança, Cuidados Urgentes e Emergentes, Saúde Próxima e Familiar e Saúde Mental.

O Eixo 1 - Resposta a tempo e horas contém medidas para dar uma rápida resposta relativamente às listas de inscritos e listas de espera para cirurgia, prevenindo o agravamento destes dois indicadores no futuro; o Eixo 2 - Bebés e Mães em Segurança inclui medidas para garantir o acesso das utentes grávidas a cuidados de saúde, em condições de segurança clínica; o Eixo 3 - Cuidados Urgentes e Emergentes contém medidas para aliviar a pressão sobre as urgências hospitalares; o Eixo 4 - Saúde Próxima e Familiar tem medidas para melhorar o acesso e garantir acompanhamento regular, tanto preventivo quanto curativo e o Eixo 5 - Saúde Mental, com diversas medidas para melhorar a resposta nesta área.

No total, são 54 medidas: 15 urgentes (para ter resultados até três meses, no caso, até final de agosto de 2024), 24 prioritárias (concluídas até final de 2024) e 15 estruturantes (a médio e longo prazo).

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