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Livre atribui “Prémio Liberdade” com dinheiro do fim dos cortes da “troika” aos deputados

Lusa
11-09-2025 12:59h

O Livre atribui em novembro o “Prémio Liberdade”, de cinco mil euros, dinheiro que os seus deputados receberam entre janeiro e maio pelo fim do corte salarial de 5% que era aplicado desde o período da “troika”.

Em conferência de imprensa, o Livre adiantou que o prémio se destina a distinguir um ou mais trabalhos académicos, literários ou artísticos sobre o tema da liberdade que deverão ser recebidos até 15 de novembro, sendo o júri composto pela líder parlamentar, Isabel Mendes Lopes, e por outras duas “figuras de reconhecido mérito”.

As candidaturas ao prémio devem ser enviadas para o endereço livre@l.parlamento.pt, não havendo regras específicas quanto ao tamanho ou formatação da tese, e o vencedor (ou vencedores) será anunciado até ao final deste ano.

“Nestes tempos difíceis em que a liberdade e a democracia estão em risco, sabemos que é importante fomentar por todas as formas os pilares do nosso sistema democrático”, justificou Isabel Mendes Lopes.

No Orçamento do Estado para 2025, o parlamento aprovou o fim do corte salarial de 5% aplicado a titulares de cargos políticos desde 2012, quando Portugal se encontrava sob assistência financeira externa.

O Livre votou contra esta norma do Orçamento deste ano, não por discordar do princípio de repor os cortes dos tempos das “troika”, mas por essa reposição salarial ter abrangido os deputados então em funções.

De acordo com os dados deste partido, entre janeiro e maio deste ano – período de 2025 referente à anterior legislatura -, os deputados do Livre contabilizaram em 4097 euros o valor que receberam a mais pelo fim do corte salarial. Decidiram depois arredondar a verba para cinco mil euros, o valor do “Prémio Liberdade”.

Na conferência de imprensa, Isabel Mendes Lopes foi interrogada se o prémio será uma iniciativa única, terminando este ano, ou se admite a possibilidade de o repetir nos próximos.

“Vamos avaliar. Parece-nos interessante continuar a fomentar trabalhos académicos, artísticos ou literários. Portanto, não excluímos de todo novas edições deste prémio”, respondeu.

O deputado Jorge Pinto adiantou, a seguir, que o objetivo do Livre “é disponibilizar os trabalhos com qualidade, para além do vencedor, e tê-los disponíveis também para grande público”.

“Muitas vezes ficam restritos ao circuito académico, mas nós queremos dar-lhes visibilidade para que possam também ser conhecidos”, completou.

Ainda em relação aos trabalhos concorrentes, Isabel Mendes Lopes disse que serão privilegiados carreiras emergentes e teses apresentadas nos últimos anos.

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