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Covid-19: Líbia diz estar “livre” de coronavírus mas reforça medidas

LUSA
16-03-2020 00:58h

O Centro Nacional para o Controlo de Doenças da Líbia assegurou hoje que o país está “livre” de coronavírus (Covid-19) e que as autoridades locais terão laboratórios para realizar testes de despistagem fora da capital.

Um dia depois de o Governo de Unidade Nacional líbio ter decretado o estado de emergência, as forças da ordem encerraram numerosas lojas de venda de material médico, no quadro do combate à especulação de preços.

Cafés, salões de festa e parques infantis que não obedeceram às medidas de prevenção que obrigam ao encerramento do comércio não imprescindível às 16:00 foram também encerrados.

O Ministério das Finanças proibiu a exportação de máscaras, material desinfetante e ventiladores artificiais.

Até ao momento, a Líbia assegura não ter sido contagiada, sendo o único país do Norte de África nessa situação (54 casos na Argélia, 20 na Tunísia e 110 no Egito).

O presidente do governo líbio, Fayez al Sarraj, anunciou cerca de 500 mil dólares para um plano de emergência que inclui medidas como o fecho dos estabelecimentos de ensino e a anulação de todas as atividades desportivas e culturais durante duas semanas, com possibilidade de renovação.

As autoridades líbias anunciaram a criação de um comité de crise para gerir a situação dos cidadãos retidos no estrangeiro (principalmente na Tunísia, na Turquia, em Omã e na Jordânia), que serão assistidos pelas embaixadas locais.

A partir da meia-noite deste domingo, estão encerrados o espaço aéreo do país e o posto de Ras Jedir, na fronteira com a Tunísia.

Segundo confirmou à agência espanhola Efe uma fonte da segurança do aeroporto internacional de Benghazi (Leste), equipas médicas colocaram em quarentena os passageiros de um voo da companhia nacional Buraq Air, após detetarem quatro casos suspeitos de coronavírus.

O novo coronavírus já provocou mais de 6.400 mortos em todo o mundo.

O número de infetados ronda os 164 mil, com registo de casos em pelo menos 141 países e territórios, incluindo Portugal, onde há 245 casos de infeção confirmados, mais 76 do que os registados no sábado.

A Europa é agora o novo epicentro da epidemia, primeiro detetada na China, em dezembro.

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