Quase um ano após a chegada da pandemia da COVID-19 a Portugal, os laboratórios do grupo Germano de Sousa ultrapassaram a meta de um milhão de testes PCR de despiste da COVID-19, como adiantou ao Canal S+ José Germano de Sousa.
O administrador da rede laboratorial admite ter enfrentado muitas dificuldades no início “Não tinha sondas, nem reagentes próprios para o SARS COV 2. Foi uma luta.... Primeiro, não havia em Portugal e na Europa. Os Estados Unidos retiveram para eles”, lamenta o responsável.
O ex-bastonário da Ordem dos Médicos congratula-se pelo esforço de toda a equipa de 1300 profissionais portugueses do grupo que, em turnos de 24 horas, se mantiveram sempre focados na resposta pretendida pelo país e pelo sistema de saúde.
Perante a descida registada nos últimos dias do número de novas infeções por SARS COV 2 , José Germano de Sousa aconselha cautela e sublinha que “testar, testar, testar é bom, mas é preciso seguir, seguir, seguir “, o que o Administrador do Grupo Germano de Sousa sente que não está a ser feito como deveria, através dos inquéritos epidemiológicos e de rastreio de contactos dos infetados, dada a exaustão dos médicos de Saúde Pública e de Medicina Geral e Familiar.
Perante o aparecimento de novas mutações do SARS-COV2, como a britânica, sul-africana, brasileira e mexicana, o ex-bastonário da Ordem dos Médicos esclarece ainda que “os testes PCR vão sempre pesquisar três genes do vírus”, pelo que são efetivos e eficazes, mesmo na presença das variantes.
O administrador do Grupo Germano de Sousa denuncia os testes rápidos, de antigénio, como “um grande perigo” para a saúde pública, caso não sejam feitos de acordo com as normas dos fabricantes.
Nesta entrevista ao Canal S+, José Germano de Sousa lamenta ainda que os profissionais de saúde do privado não tenham sido vacinados, onde se incluem os profissionais dos laboratórios convencionados que trabalham para o Serviço Nacional de Saúde (SNS).
O Administrador do Grupo Germano de Sousa confessa-se chocado com uma certa mentalidade que faz lembrar a lógica dos “chamados e dos escolhidos” e considera que “há dois grupos que têm de ser vacinados: os profissionais de saúde e os mais velhos”.
Esta tarde, o coordenador da task-force do plano nacional de vacinação contra a COVID-19, Francisco Ramos, apresentou a demissão do cargo. O pedido foi aceite pelo Ministério da Saúde que nomeou para o cargo, ao início da noite, o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo.