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Covid-19: Apoios e aquisições para fazer face à pandemia custaram 6ME à câmara de Gaia

LUSA
20-07-2020 19:44h

A câmara de Vila Nova de Gaia estima ter despendido com apoios e aquisições relativas à pandemia da covid-19 cerca de seis milhões de euros, valor que pretende amortizar com um empréstimo de 10 milhões, foi hoje explicado.

Em reunião de câmara esta tarde, e em resposta a perguntas dos vereadores do PSD, o presidente socialista, Eduardo Vítor Rodrigues, indicou que o balanço atual de apoios e compras é de seis milhões de euros, apontando que "se o legislador o permitir" essa verba será paga com o empréstimo de "até 10 milhões" já aprovado para o efeito.

"Queremos garantir que podemos ser reembolsados até porque muitas das compras e investimentos foram para áreas e situações que não são da nossa alçada direta como os computadores ou acrílicos colocados em escolas da alçada do Estado. Garantido esse reembolso, teremos mais liquidez. O empréstimo está em marcha e o uso dependerá da leitura do legislador e do Tribunal de Contas", descreveu Eduardo Vítor Rodrigues.

Paralelamente a esta explicação, o autarca mostrou preocupação com a situação atual das Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), referindo que "a câmara inevitavelmente ajudará enquanto puder", mas temendo que "quando a autarquia não puder muitas [instituições] caiam em graves dificuldades".

"É preciso prevenir. Tenho tido esse diálogo com a tutela", disse o presidente da câmara de Vila Nova de Gaia, no distrito do Porto, concelho que, de acordo com o relatório de situação hoje publicado pela Direção-Geral da Saúde (DGS), regista 1.786 casos de infeção pelo novo coronavírus.

Já à margem da reunião, em declarações aos jornalistas, Eduardo Vítor Rodrigues apontou que 80 assistentes de praia - jovens que estão a dar apoio aos nadadores salvadores na sensibilização das pessoas para as medidas de prevenção relativas à covid-19 - mantém as ações de formação, considerando que "a situação está controlada no concelho".

"Temos números residuais e diagnósticos sem consequências em número de mortes. Os cuidados intensivos de Gaia estão vazios, mas obviamente não se pode baixar a guarda. Os assistentes de praia mantêm as ações de sensibilização e formação. E nas escolas [nomeadamente no programa de atividades para dar retaguarda familiar aos pais que estão a trabalhar] não há registo de casos", disse Eduardo Vítor Rodrigues.

Também questionado sobre se Gaia vai avançar com algum estudo e com testes sorológicos junto da população, o presidente da câmara indicou que a questão "está a ser ponderada" e que admite "evoluir nesse caminho", mas "só depois do verão".

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 606 mil mortos, incluindo 1.691 em Portugal.

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