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Presidenciais: Gouveia e Melo quer um rumo para o SNS mas nunca pela via da sua fragilização

Lusa
11-11-2025 12:35h

O candidato presidencial Gouveia e Melo considerou hoje essencial a definição de um rumo para o Serviço Nacional de Saúde (SNS) que garanta coesão social, mas não através de qualquer via que o fragilize.

Esta posição foi assumida pelo ex-chefe do Estado-Maior da Armada no final de uma visita ao serviço de neonatologia do Hospital de São Francisco Xavier, em Lisboa, onde elogiou o “espírito de missão” e “amor ao serviço público” demonstrado pelos profissionais desta unidade.

“Esta unidade diz-me muito: ambos os meus filhos nasceram aqui. O meu filho mais velho nasceu quando tinha oito meses de gestação e foi aqui tratado”, contou o almirante, que momentos antes, em conversa com médicos, tinha comentado que naquele serviço do Hospital de São Xavier se sente “um respirar diferente, tal como no Hospital de São João no Porto”.

“A unidade obstetrícia tem muita capacidade, mas também que denota problemas. E foi importante estar aqui e ouvir, de forma direta, em testemunho direto, os problemas que sentem médicos, enfermeiros e auxiliares de saúde”, disse.

Neste contexto, o almirante Gouveia e Meio declarou-se depois “totalmente defensor do SNS, porque é essa a única forma de haver coesão social, garantindo que nenhum cidadão tenha a sua saúde dependente da sua capacidade financeira”.

“Este é um requisito básico para termos uma sociedade coesa e humanizada. É isso que defendo”, salientou, antes de deixar uma crítica indireta a uma eventual evolução do sistema de saúde português para um modelo norte-americano.

“Sou contra a fragilização do SNS. Acho que devemos definir qual é o rumo que queremos para a saúde em termos genéricos, mas nunca através da fragilização do SNS”, acrescentou.

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