A Mutualista Covilhanense vai lançar o programa "SOS Covid-19" destinado a ajudar as pessoas e famílias a quem a crise pandémica retirou rendimentos essenciais, anunciou aquela instituição com sede na Covilhã, distrito de Castelo Branco.
Em comunicado enviado à agência Lusa, a Mutualista Covilhanense refere que o programa será implementado entre setembro e o final de 2021, e que atuará nas áreas de psicossocial, emprego e saúde.
Uma das medidas do projeto tem o nome de "SOS Apadrinhamento" e consiste na criação de uma bolsa de empresas e de particulares disponíveis para "apadrinhar" agregados familiares durante três ou seis meses, renováveis se necessário, de modo a auxiliar no pagamento de despesas como contas de água, luz, mensalidades de creche e atividades de tempos livres, material escolar para o regresso às aulas ou consultas no dentista.
O "SOS Apadrinhamento" desdobra-se nas ações "SOS Família", "SOS Regresso às Aulas" e "SOS Saúde", sendo que através do "SOS Família" os "padrinhos" ou "madrinhas" também podem optar por pagar alimentação, definindo com que valor fixo mensal querem ajudar, sendo que depois é o próprio agregado familiar que efetua as compras, possibilitando assim que adquiram o que realmente necessitam.
No caso do "SOS Regresso às Aulas", a concretizar logo no início de setembro, a ajuda será ao nível do material escolar, vestuário e calçado desportivo para a disciplina de Educação Física, mensalidades de creches e atividades de tempos livres, entre outros bens materiais que possam a ser considerados importantes, como é o caso de computadores ou ‘tablets’, caso se mantenham as aulas não presenciais.
No campo da saúde está contemplado o pagamento de consultas e tratamentos de medicina dentária, como também de medicação, sobretudo de doentes crónicos e de produtos de ótica, com destaque para os óculos graduados, entre outros.
Citado na nota de imprensa, o presidente da Mutualista Covilhanense, Nelson Silva, salienta que "as pessoas serão ajudadas com muita discrição e sob anonimato".
O dirigente frisa que a associação "tem conhecimento de que há famílias que antes viviam bem e que agora têm vergonha de pedir ajuda e expor a sua situação".
"São pessoas que não querem viver de caridade, que apenas querem dar um novo rumo às suas vidas e que, para isso, só necessitam de auxílio durante alguns meses", sublinha.
Paralelamente, através de uma parceria com o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), será desenvolvida a medida "Banco Emprego +", a pensar sobretudo em quem ficou desempregado ou quer mudar de atividade profissional devido ao impacto da pandemia no setor em que trabalha, para a capacitação da população na área laboral, promovendo competências que potenciem uma atitude pró-ativa face ao emprego.
"A ideia é promover o apoio e orientação na procura de emprego junto dos beneficiários do programa de emergência social, assim como ações de informação e também apoiar na elaboração de candidaturas a apoios e incentivos do IEFP", resume Nelson Silva.
O "SOS Covid-19" vai incluir ainda o alargamento a todas as faixas etárias da linha de apoio psicossocial que a Mutualista Covilhanense tem já a funcionar no âmbito da pandemia e que, atualmente, funciona para apoio à população sénior.
Outra das iniciativas previstas neste novo programa é o "Gabinete Itinerante de Prevenção e Combate à Covid-19" para percorrer as zonas rurais do concelho, incluído também noutro projeto que acaba de ser premiado pela Caixa Geral de Depósitos através dos prémios "Caixa Social 2021". Este Gabinete Itinerante vai prestar informação às populações, tal como conselhos de segurança e outros, e realizará testes à covid-19, em parceria com os laboratórios Germano de Sousa.