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Covid-19: Objetivo de conter propagação do vírus não foi atingido – PR da Guiné-Bissau

LUSA
11-05-2020 16:24h

O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, afirmou hoje que o objetivo de conter a covid-19 no país não foi atingido e que é preciso redefinir estratégias e reorganizar o combate à pandemia provocada pelo novo coronavírus.

Umaro Sissoco Embaló prolongou hoje pela terceira vez o estado de emergência no país até 26 de maio e o agravamento de algumas medidas, determinando o recolher obrigatório e o uso obrigatório de máscaras.

As novas medidas restritivas deverão ser definidas pelo Governo no seu decreto regulamentar ao estado de emergência, acrescenta no decreto presidencial.

"Infelizmente, os últimos 15 dias desta guerra contra um inimigo invisível, chamado de covid-19, não foram fáceis, pois o número de novos casos de infeção subiu de forma galopante. Portanto, temos de reconhecer que o objetivo de conter a propagação do vírus não foi atingido", afirmou Umaro Sissoco Embalo, num discurso à Nação.

Segundo o Presidente guineense, vários fatores "justificam o insucesso das medidas adotadas" e é "identificar e analisar de forma objetiva os aspetos menos positivos e corrigi-los o mais rapidamente possível".

"Por que não devemos baixar a guarda, sou obrigado a renovar pela terceira vez o Estado de Emergência em todo o território nacional, após muita reflexão em torno da situação vigente e tendo apreciado a proposta do Governo", salientou o Presidente guineense.

Na mensagem, Umaro Sissoco Embaló apelou também aos cidadãos guineenses e estrangeiros residentes na Guiné-Bissau para fazerem a "sua quota parte porque os desafios que o país enfrenta, neste momento, exige de todos a assunção da responsabilidade cívica e social".

O Presidente guineense pediu também ao Governo para assumir as suas "responsabilidades e trabalhar para a aplicação efetiva e rigorosa das medidas que irá adotar para regulamentar este novo ciclo", disse.

O Centro de Operações de Emergência de Saúde guineense elevou para 726 os casos registados com infeção por covid-19 no país.

No domingo foram registados mais 85 casos positivos, elevando para 726 o número de infeções registadas, incluindo 26 recuperados e três mortos.

Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, a Guiné-Bissau lidera em número de infeções (726 casos e três mortos), seguindo-se a Guiné Equatorial (439 e quatro mortos), Cabo Verde (260 e duas mortes), São Tomé e Príncipe (212 casos e cinco mortos), Moçambique (91) e Angola (45 infetados e dois mortos).

O número de mortos da covid-19 em África subiu hoje para os 2.290, com mais de 63 mil infetados em 53 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 282 mil mortos e infetou mais de 4,1 milhões de pessoas em 195 países e territórios. 

Mais de 1,3 milhões de doentes foram considerados curados.

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