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Moçambique registou avanços na saúde e na educação em 30 anos - PM

LUSA
06-11-2025 05:50h

A primeira-ministra de Moçambique, Benvinda Levi, disse, no Qatar, que o país registou avanços nos setores da saúde, educação e de abastecimento de água e energia, 30 anos depois da Declaração de Copenhaga.

“Referimo-nos, também, aos avanços em particulares que Moçambique alcançou, e podemos destacar três áreas, a educação, a saúde e o abastecimento de água e energia”, disse Levi, num balanço da visita de trabalho ao Qatar, onde participou até quarta-feira na cimeira sobre desenvolvimento social.

O encontro inicial de 1995, na capital da Dinamarca, lançou as bases dos 10 compromissos da Declaração de Copenhaga sobre Desenvolvimento Social, que definiu bases que deveriam ser seguidas pelos Estados para acelerar o desenvolvimento social e acelerar ações para erradicar a pobreza.

Para o caso de Moçambique, segundo a governante, 30 anos depois da Declaração de Copenhaga, o nível de analfabetismo no país caiu significativamente, o número de raparigas que frequentam a escola aumentou, sendo que, atualmente, os dados apontam para perto de 50%.

“No ensino primário, esta meta está praticamente atingida. Também foram construídas mais escolas e, particularmente nas áreas mais afastadas dos centros", disse a ministra.

"Pode-se questionar a qualidade e a quantidade, mas isso também tem a ver com o desenvolvimento, porque se antes estávamos a construir escolas para dez [alunos], hoje provavelmente estamos a construir para muito mais”, disse Levi.

A primeira-ministra reconheceu, contudo, que o ritmo de execução do Governo no setor da educação não tem acompanhado o ritmo do crescimento da população.

No setor da saúde, a governante diz que, há 30 anos, o HIV e SIDA eram um verdadeiro flagelo em Moçambique, mas atualmente, apesar de o número de pessoas infetadas continuar elevado, as pessoas já têm tratamento.

“Portanto, já não temos uma morte significativa de pessoas vivendo com HIV, como tínhamos há 30 anos. A questão da vacinação também melhorou muito e os serviços de saúde hoje alcançam mais cidadãos moçambicanos”, disse, sublinhando que o Governo está ciente que ainda persistem problemas de qualidade nesses serviços. 

Em relação à água e energia, Levi diz que apesar da massificação nos últimos 30 anos, continua o desafio de alcançar mais moçambicanos e “fazê-lo com a qualidade desejada”.

A visita da primeira-ministra moçambicana ao Qatar serviu também para manter um encontro com a comunidade moçambicana residente naquele país do Médio Oriente e com potenciais investidores para Moçambique.

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