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Almofada financeira da ADSE sobe para 1.300 ME – presidente

Lusa
23-09-2025 19:44h

A presidente do conselho diretivo da ADSE disse hoje no parlamento que a almofada financeira do subsistema de saúde é, neste momento, de 1.300 milhões de euros, face aos 1.100 milhões de euros anunciados em 2023.

Numa audição na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública, Maria Manuela Faria, questionada sobre se mantém a confiança na sustentabilidade do sistema, reiterou que sim, apontando o reforço da almofada financeira, apesar da queda nos resultados líquidos da ADSE em 2024, para 134 milhões de euros, com o impacto da entrada de mais de 200 mil funcionários das autarquias.

“Temos de ter muita cautela”, referiu, devido ao envelhecimento e por a ADSE ser um sistema solidário, defendendo que é preciso pensar que “quem entra agora na ADSE e é novo vai ter as mesmas coberturas e o mesmo descanso na saúde quando tiver 60 anos”.

“Esta almofada é para prevenir todas essas situações”, indicou.

Questionada sobre uma possível redução de 14 para 12 meses de pagamentos dos beneficiários, a presidente da ADSE lembrou que, por mês, o sistema arrecada 60 milhões de euros desta forma e que, com a redução de dois meses poderia entrar em défice.

Salientou, no entanto, que apenas pode gerir o que está no enquadramento atual e que uma decisão dessas “transcende” as suas funções.

Mais de 93,3% das receitas são contribuições dos beneficiários, indicou, detalhando que, no ano passado, foram de 823,5 milhões de euros.

A presidente da ADSE elencou algumas medidas e revisões em certas tabelas, incluindo um teto máximo de copagamento de 500 euros nas cirurgias e a cobertura total em oncologia, assim como a crescente adoção de tecnologia, que tem facilitado e tornado a análise dos pagamentos mais eficiente.

Maria Manuela Faria discordou, questionada pelo PCP, que tenha havido perda de benefícios e, simultaneamente, aumento das contribuições.

“Temos tido uma preocupação grande” em fazer chegar aos beneficiários esses mesmos benefícios, salientou, destacando que as reclamações estão “num nível inferior face a 2023”.

A presidente da ADSE manifestou ainda que o sistema quer contar com mais prestadores de saúde em zonas mais carenciadas.

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