Os incêndios estavam pelas 17:00 a cortar a Estrada Nacional (EN) 323, entre Távora e Granjinha (Viseu), e no distrito da Guarda a EN330, entre Penaverde e Maceira, e EN226, entre Cunha e Rio de Mel, indicou a GNR.
Em comunicado, a GNR adiantou que os cortes destas vias estavam a ocorrer nos dois sentidos da circulação.
Távora pertence ao concelho de Sernancelhe e Granjinha ao município de Tabuaço, no distrito de Viseu, enquanto Penaverde é uma freguesia do concelho de Aguiar da Beira e Maceira fica no município de Fornos de Algodres, no distrito da Guarda.
As estradas nacionais 323 e 330 já tinham sido cortadas ao início da tarde de hoje.
A localidade de Rio de Mel está situada no município de Trancoso, no distrito da Guarda.
Mais de 2.150 operacionais combatiam hoje pelas 17:00 os seis maiores incêndios ativos em Portugal continental, apoiados por 682 viaturas e 23 meios aéreos, segundo a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
De acordo com a informação disponível na página da Internet da ANEPC às 17:00, o fogo que mobilizava mais meios era o que deflagrou hoje cerca das 05:00 em Piódão, no concelho de Arganil, distrito de Coimbra, com 640 operacionais, 195 meios terrestres e 10 meios aéreos.
Além deste fogo, a Proteção Civil colocava nas “ocorrências significativas” outros cinco incêndios em curso: Tabuaço (distrito de Viseu), Trancoso (Guarda), Vila Real, Sátão (Viseu) e um no concelho de Viseu.
Na nota, a GNR salienta que a proteção de pessoas e bens, no âmbito dos incêndios rurais, continua a assumir-se como “uma das prioridades” da força de segurança militar, sustentada “numa atuação preventiva e num esforço de patrulhamento nas áreas florestais”.
A GNR relembra que as queimas e queimadas de amontoados e de fogueiras são das principais causas de incêndios em Portugal e que estas estão interditadas “sempre que se verifique um nível de perigo de incêndio rural ‘muito elevado’ ou ‘máximo’, estando dependente de autorização ou de comunicação prévia noutros períodos”.
A GNR pede também à população que evite acidentes, siga as regras de segurança, esteja sempre acompanhada e leve consigo o telemóvel e apela ao contributo de todos na prevenção e combate aos incêndios, devendo abster-se de praticar atividades consideradas de risco, como a realização de fogo junto a áreas florestais.
Os cidadãos devem seguir as indicações das autoridades que se encontram no terreno e evitar colocar veículos nas vias utilizadas pelas viaturas de socorro, para não prejudicar o acesso aos locais de combate.
A GNR apela ainda que se evitem deslocações para as zonas dos incêndios, se não se estiver envolvido no combate, já que poderá dificultar as atividades de combate.
A população deve comunicar aos militares quaisquer atividades ou ação que possam levar à ocorrência de incêndios e ligar 112 caso presencie o início de um fogo.
O Governo estendeu a situação de alerta até ao final do dia de sexta-feira, devido às previsões meteorológicas, que apontam para um aumento da temperatura e risco agravado de incêndio rural.