Os enfermeiros da capital nigeriana, Abuja, iniciaram hoje uma greve para exigir melhores salários e condições de trabalho, informou o sindicato que os representa.
Esta greve agrava as dificuldades que o sistema de saúde da capital já enfrenta, no meio de um forte aumento do custo de vida.
Após o fracasso das negociações entre a Associação Nacional de Enfermeiros e Parteiras da Nigéria e o Governo, os profissionais de saúde lançaram uma "greve de advertência" de sete dias.
Tashikalma Halls, assessora de comunicação do ministro da Saúde, disse que o Governo tinha uma reunião marcada com os enfermeiros na noite de hoje.
Um porta-voz do sindicato confirmou a greve, mas não confirmou a realização da reunião.
De acordo com relatos dos meios de comunicação nigerianos, os hospitais estavam a operar com capacidade reduzida e o atendimento foi adiado depois de os enfermeiros terem saído para pressionarem no sentido da satisfação das suas reivindicações.
A greve surge após protestos semelhantes no início deste ano, principalmente de agentes de saúde comunitários e professores, devido ao atraso das autoridades locais na implementação do aumento do salário mínimo federal.
Este aumento do salário mínimo, de 30.000 para 70.000 nairas (de 17 para 35 euros) por mês, foi anunciado pelo Presidente, Bola Tinubu, para atenuar os efeitos das suas reformas económicas.
Estas medidas foram bem recebidas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), mas levaram a um aumento acentuado do custo de vida a curto prazo.