As obras de requalificação do Centro de Saúde de Castro Verde, no distrito de Beja, que incluem a ampliação do serviço de urgência básico (SUB) local, arrancaram hoje, num investimento avaliado em cerca de 2,3 milhões de euros.
“Para Castro Verde, esta obra é fundamental, em primeiro lugar, porque vai dar uma resposta muito importante para as pessoas”, disse à agência Lusa o presidente da câmara municipal, António José Brito, após a cerimónia de consignação da empreitada.
Segundo o autarca, trata-se de um investimento “muito importante para o futuro do concelho e do território”, uma vez que “melhora as condições de trabalho e o atendimento aos utentes” no centro de saúde.
A par disso, a empreitada vai reforçar “a capacidade de resposta do SUB, que serve mais de 40 mil habitantes dos concelhos de Castro Verde, Aljustrel, Almodôvar, Ourique e Mértola”, todos no distrito de Beja.
As obras de requalificação do centro de saúde e ampliação do SUB estão avaliadas em mais de 2,3 milhões de euros e são financiadas na íntegra pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
A empreitada é da responsabilidade da câmara municipal, no âmbito de um protocolo estabelecido com a Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA).
Segundo António José Brito, a consignação da empreitada é “um momento muito importante”, sendo mais uma etapa num processo "exigente" que tem vindo a ser trabalhado ao longo dos anos pelo executivo municipal.
Também presente na cerimónia, o presidente do conselho de administração da ULSBA, José Carlos Queimado, reconheceu que a empreitada irá contribuir “para melhorar os cuidados de saúde em Castro Verde”.
O gestor garantiu ainda que tudo será feito para “que estas obras causem o mínimo transtorno” a profissionais e utentes, garantindo que “a oferta de serviços à população, quer no centro de saúde, quer no SUB, não está em causa” durante a empreitada.
Questionado pela Lusa sobre o ponto de situação do projeto de requalificação e ampliação do Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja, avaliado em 118 milhões de euros, o presidente da USLBA assegurou que este “está a seguir o seu curso normal”.
O responsável frisou não ter sido informado pelo Ministério da Saúde de que o processo tenha sido interrompido ou esteja a ser repensado: “Em abril, fomos mandatados para dar sequência ao projeto e é isso que estamos a fazer”.
Esta semana, o deputado do PS por Beja, Pedro do Carmo, exigiu que o Governo explicasse por que razão a 2.ª fase da ampliação do hospital da capital de distrito não surgia no Orçamento do Estado para 2026 (OE2026), já aprovado na generalidade.
Em resposta, o deputado do PSD por Beja, Gonçalo Valente, explicou que o Ministério das Finanças colocou no OE2026 apenas “as obras que estão em curso ou podem iniciar em 2026”.
“No caso do Hospital José Joaquim Fernandes [em Beja] temos aprovado o perfil assistencial e reorganização do programa funcional” e “temos o despacho do Ministério da Saúde a autorizar a ULSBA a constituir o júri para analisar o projeto de arquitetura, o que também já está concretizado”, acrescentou.
Por isso, continuou, “em 2026 será aberto o concurso para a elaboração dos projetos de arquitetura” e “a obra propriamente dita só em 2027, depois da concretização do projeto de arquitetura e do consequente concurso adjudicado para a sua execução”.