SAÚDE QUE SE VÊ

Lucros do grupo José de Mello aumentam 3% para 95 ME em 2023

LUSA
29-05-2024 12:08h

O lucro da José de Mello, dono da CUF, subiu 3% para 95 milhões de euros em 2023, ano em que fechou com mais 2.000 postos de trabalho, com o crescimento de todos os negócios, disse hoje o CEO.

“Em 2023, […] tivemos um resultado líquido de 95 milhões de euros”, avançou o presidente executivo do grupo, Salvador de Mello, em conferência de imprensa, em Lisboa.

No ano passado, o resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) atingiu 204 milhões de euros, quando no período homólogo estava em 192 milhões de euros.

“Também em 2023, tivemos um reforço dos capitais próprios, que atingiram 1.045 milhões de euros, e uma redução significativa da dívida para 721 milhões de euros”, menos 21% em comparação com o ano anterior, detalhou Salvador de Mello.

Neste período, verificou-se um aumento de quase 2.000 postos de trabalho, “fruto do crescimento de todos os negócios”.

O grupo investiu, no acumulado do ano, mais de 250 milhões de euros, acima dos 157 milhões de euros registados em 2022.

“Temos previstos investimentos de mais de 500 milhões de euros até 2025 e o reforço da internacionalização, caso se confirmem os investimentos em curso”, precisou.

O grupo sublinhou que a atividade de 2023 foi impactada por um contexto “extremamente desafiante”, fruto, a nível internacional, da instabilidade geopolítica e, em Portugal, da instabilidade política.

“O que saiu das eleições não foi uma situação que garanta uma estabilidade e tranquilidade, que nos deixe a todos sossegados”, notou.

A isto soma-se um contexto de inflação “muito elevada”, com impacto significativo nos custos e nas taxas de juro.

O presidente executivo do grupo referiu que o contexto se mantém desafiante e que a José de Mello continua a apostar no desempenho positivo.

“Temos ativos muito resilientes, que nos permitem navegar em circunstâncias e contextos mais voláteis e, portanto, nada nos leva a pensar que teremos problemas significativos, mas não vou dar hoje uma perspetiva de resultados”, defendeu.

Questionado sobre as opções do Governo para áreas como infraestruturas e saúde, o grupo assinalou que foram tomadas “decisões muito significativas e importantes”, como o novo aeroporto, a ponte e o TGV.

Relativamente à saúde, sublinhou apenas que a CUF tem o seu projeto traçado e, “naturalmente, não passa por parcerias público-privadas”.

Além da CUF, o grupo detém participações na Brisa, a Bondalti, a WineStone,a Lifthium, bem como a José de Mello Residências e Serviços.

MAIS NOTÍCIAS