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Unicef pede em Maputo ações urgentes e ousadas para travar mortalidade infantil

LUSA
25-07-2025 09:22h

O Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef) apelou a ações “urgentes, ousadas e integradas”, em substituição de esforços fragmentados, de modo a acabar com a mortalidade infantil evitável no mundo.

“Temos de substituir esforços fragmentados por ações urgentes, ousadas e integradas”, lê-se numa nota daquela agência da ONU, divulgada hoje, referindo-se ao Fórum Global de Inovação e Ação para Imunização e Sobrevivência Infantil – 2025, que decorreu nos últimos três dias em Maputo.

De acordo com a Unicef, o apelo à ação deixado no evento é claro: “acabar já com as mortes infantis evitáveis”.

Para chegar a todas as crianças, a Unicef defende que o mundo deve “reimaginar a imunização através de vacinas de ponta, sistemas robustos e financiamento sustentável”, transformando a “ambição” em ação.

Mais de 300 delegados de 29 países, incluindo ministros e vice-ministros da saúde, cientistas e académicos e organizações da sociedade civil, participaram em Maputo do Fórum Global de Inovação e Ação para Imunização e Sobrevivência Infantil – 2025.

O encontro foi organizado pelos Ministérios de Saúde de Moçambique e da Serra Leoa e pelo Governo da Espanha com a colaboração das fundações “la Caixa” e Bill and Melinda Gates e da Unicef.

O fórum discutiu soluções científicas para que o mundo se possa reposicionar no aceleramento do combate à mortalidade infantil, incluindo a exigência de um novo compromisso político nesta causa.

O diretor-geral do Instituto Nacional de Saúde de Moçambique, Samo Gudo, assinalou uma “redução histórica e sem precedentes” da mortalidade infantil nas últimas décadas no mundo, destacando que, entre 1990 e 2023, o número de mortes de crianças com menos de 5 anos baixou de cerca de 12,8 milhões por ano para 4,8 milhões.

Não obstante esses avanços, organizações de saúde mundiais registaram um abrandamento, desde 2015, do ritmo de redução da mortalidade nesta faixa etária, assinalando o risco de pelo menos 60 países africanos não alcançarem a meta dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), conforme estimativas da Organização Mundial da Saúde avançadas pelo mesmo responsável.

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