A greve geral de três dias convocada por quatro sindicatos da Função Pública na Guiné-Bissau termina hoje com um “balanço positivo”, disse à Lusa, Yoyo João Correia, porta-voz da Frente Social, que convocou a paralisação.
O sindicalista afirmou que a Frente Social manteve hoje um encontro negocial com os ministérios da Função Pública, da Saúde e da Educação, mas que se revelou “inconclusivo”.
“O balanço é positivo, mas estamos a aguardar que nos chamem para dialogarmos, talvez possa ser nos próximos dias”, observou João Correia.
Se não houver entendimento, disse, a Frente Social não descarta a hipótese de convocar uma nova greve geral nos próximos tempos.
“Não é nosso desejo fazer greve, mas é a nossa única arma neste momento”, defendeu o porta-voz da Frente Social, que agrupa dois sindicatos do setor da Educação e outros tantos da Saúde.
João Yoyo Correia observou que compreende que a greve tem afetado a população, nomeadamente os alunos das escolas públicas e os doentes que procuram atendimento nos hospitais e centros de saúde, mas que a paralisação “poderá continuar”.
Os quatro sindicatos exigem, entre outros pontos, o pagamento de 11 meses de salários em atraso aos professores e técnicos da saúde, a efetivação de novos quadros contratados pelo Governo nos dois setores, a criação de um novo currículo escolar para as escolas públicas e ainda a melhoria de condições de trabalho.
A greve que termina hoje é a segunda vaga convocada pela Frente Social, após uma realizada, durante três dias, no passado mês de março.