O diretor-geral do Instituto Nacional de Saúde de Moçambique, Samo Gudo, foi eleito presidente do conselho consultivo do Centro de Controlo de Doenças de África (CDC-África), anunciou a instituição africana.
“A sua notável experiência em imunologia e virologia e as suas inestimáveis contribuições para a medicina e saúde pública em Moçambique fazem de si um excelente candidato para este estimado cargo. A sua liderança contínua no Comité Consultivo Técnico Regional do África CDC da África Austral é uma prova de sua dedicação e compromisso inabaláveis com o bem-estar do nosso continente”, descreveu Jean Kaseya, diretor-geral da instituição, sobre a escolha, este mês, de Samo Gudo para aquele cargo.
Na direção do conselho consultivo, o especialista moçambicano terá Alex-Okoh, da Nigéria, como vice-presidente.
“Sob a sua liderança conjunta, o conselho sem dúvida alcançará um progresso notável na orientação estratégica e cumprirá os objetivos estratégicos do África CDC durante a segunda fase de sua operacionalização. Sua dedicação inabalável para melhorar os resultados da saúde na África serve de inspiração para todos nós”, acrescentou Jean Kaseya.
O Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, afirmou hoje ter recebido com “grande satisfação” a eleição de Samo Gudo.
“Esta eleição para cargo tão prestigiante deve, pois, orgulhar-nos como nação pelos quadros qualificados que produzimos”, declarou.
“O Conselho Consultivo é um órgão importante na estrutura de governação do CDC-África, tendo como principal atribuição aconselhar o diretor-geral da agência em referência e emitir recomendações na área de Saúde Pública para os Estados-membros da União Africana”, recordou Filipe Nyusi.
Eduardo Samo Gudo é licenciado em medicina geral pela Universidade Eduardo Mondlane, em Moçambique (2003), doutorado em Imunopatogénese da infeção por Retrovírus Humanos pelo Instituto Oswaldo Cruz, Brasil (2012), e pós-doutorado júnior em doenças virais emergentes pelo European Foundation Initiative into African Neglected Tropical Diseases, Alemanha (2015), além de pós-doutorado sénior em doenças virais emergentes na mesma instituição.
Dirige desde março de 2023 o Instituto Nacional de Saúde de Moçambique (diretor-geral adjunto de 2018 a 2022), segundo o qual “tem experiência em pesquisa nas áreas de microbiologia, doenças endémicas, doenças negligenciadas e emergentes, vigilância epidemiológica, inquéritos e imunologia”, bem como vários artigos publicados internacionalmente.