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Profissionais de Saúde de Moçambique voltam a suspender greve

LUSA
19-06-2023 16:54h

A Associação dos Profissionais de Saúde de Moçambique suspendeu a greve marcada para hoje, após “alguns bons consensos” em novas negociações com o Governo, disse hoje à Lusa o presidente da organização.

“Passamos o fim de semana todo num diálogo muito forte [com o Governo]”, disse Anselmo Muchave, referindo que houve “bons consensos” durante as negociações.

Segundo o presidente da associação, o Governo moçambicano tem um prazo de 60 dias para responder a pelo menos “uma parte das inquietações” dos profissionais de saúde.

O regresso à greve, suspensa no dia 04, foi anunciado na sexta-feira. Entretanto, após negociações com uma comissão governamental durante o fim de semana, a associação decidiu, novamente, suspender a greve.

No intervalo de “duas semanas após a [primeira] suspensão, os acordos não foram cumpridos, é por isso que decidimos retomar a greve, mas o Governo voltou a ligar na sexta-feira para pedir um diálogo”, referiu Anselmo Muchave.

De acordo com Muchave, pelo menos 40.000 funcionários do setor da saúde moçambicano aderiram a greve.

As reivindicações envolvem condições de trabalho e níveis de remuneração dos profissionais.

A associação queixa-se de falta de luvas e soro, entre outros materiais, nas unidades de saúde, além de contestar a Tabela Salarial Única (TSU).

Iniciada no dia 01 de junho, a greve foi suspensa no dia 04 para dar lugar a negociações, mas sem resultados.

No final do último ano, outra organização, a Associação Médica de Moçambique (AMM), realizou uma greve de 19 dias em protesto contra a TSU, alcançando acordos com o Governo nalguns pontos do caderno reivindicativo.

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