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Covid:19 - “Não tem sido dado suficiente relevo ao sofrimento dos idosos”, afirma CNIS

CANAL S+ / VD
15-01-2021 17:23h

A cumprir o segundo período de confinamento, motivado pela pandemia da COVID-19, Portugal voltou a ficar em casa. Maria João Quintela, vogal da Direção da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS), garante que “não tem sido dado suficiente relevo ao sofrimento dos idosos”.

A também vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Geriatria e Gerontologia mostra-se determinada em “combater os estereótipos negativos, face aos mais velhos” e lembra que “sustentam ainda hoje, mesmo sendo das populações mais pobres, muitas famílias”.

Sobre as eleições presidenciais de dia 24 de Janeiro e a consequente ida de urnas aos lares e casas de repouso, Maria João Quintela diz que “é uma solução de recurso… a possível” e critica o facto de “toda a gente falar ao mesmo tempo e do que não sabem. “Em Saúde não há pior do que isto”, sublinha preocupada.

A vogal de Direção da CNIS interroga-se sobre” quanto tempo faltará, para que o cidadão português, possa votar à distância?”

Nesta entrevista ao Canal S+, Maria João Quintela admite que “vê com muita angústia, a exaustão a que estão a chegar os profissionais de saúde nos hospitais. São quase escravos…” e recorda que “há muito tempo que devia estar tudo programado”.

Para a vogal da direção da CNIS “como é possível não contar com toda a capacidade instalada? (…) É uma opção humana. Não é política… É sim, uma opção tardia”, atesta.   

Um balanço divulgado hoje pela agência francesa AFP indica que a pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.994.833 mortos, em resultado das mais de 93 milhões de infeções em todo o mundo.

Em Portugal, morreram 8.543 pessoas dos 528.469 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde (DGS).

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