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Açores/Eleições: Chega quer mais transportes e saúde de proximidade para Faial, Pico e São Jorge

LUSA
21-10-2020 16:59h

O Chega quer apostar nos transportes e na economia para “trazer mais coesão” às ‘ilhas do triângulo’ açoriano (Faial, Pico e São Jorge), e quer melhores “cuidados de proximidade” na área da saúde para as três ilhas.

“O nosso principal objetivo é trazer mais coesão a estas três ilhas. A nossa ideia é de que estas três ‘ilhas do triângulo’ têm de ser encaradas como as três numa só”, adiantou à Lusa, por telefone, Carlos Furtado, líder regional do Chega.

O candidato pelo círculo eleitoral de São Miguel chegou hoje ao Pico, para uma ação de campanha de rua, de onde seguirá para o Faial, ainda hoje, sempre acompanhado pelo presidente do partido, André Ventura.

Para o partido, é preciso “criar condições, quer de transportes, quer de economia, para que se venha a gerar uma melhor coesão territorial nessas áreas”, bem como “promover a coesão dessas três ilhas e unificar, no fundo, tanto quanto possível, a qualidade e proximidade de saúde”.

Afirmando que “não há justiça social sem uma boa saúde”, Carlos Furtado lembra que é preciso ter “consciência de que a população está a envelhecer e de que esses cuidados de proximidade têm de ser levados mais a sério”.

“Há sinergias que têm de ser aproveitadas de uma ilha para a outra, com o objetivo de fazer, a nível turístico, por exemplo, [com que] seja mais fácil vender o destino ‘triângulo’, do que propriamente uma ilha a nível individual”, prosseguiu.

A campanha eleitoral, que começou em 11 de outubro, decorre até sexta-feira, deixando o sábado para reflexão, antes do sufrágio marcado para este domingo, dia 25.

Nas eleições regionais açorianas existe um círculo por cada uma das nove ilhas (São Miguel, Terceira, Faial, Pico, São Jorge, Graciosa, Santa Maria, Flores e Corvo) e um círculo regional de compensação, reunindo os votos que não foram aproveitados para a eleição de parlamentares nos círculos de ilha.

Ao todo, são 13 as forças políticas que se candidatam aos 57 lugares da Assembleia Legislativa Regional: PS, PSD, CDS-PP, BE, CDU, PPM, Iniciativa Liberal, Livre, PAN, Chega, Aliança, MPT e PCTP/MRPP.

O Chega concorre por oito dos dez círculos, deixando de fora as duas ilhas do grupo ocidental, as Flores e o Corvo.

Nas anteriores legislativas açorianas, em 2016, o PS venceu com 46,4% dos votos, o que se traduziu em 30 mandatos no parlamento regional, contra 30,89% do segundo partido mais votado, o PSD, com 19 mandatos, e 7,1% do CDS-PP (quatro mandatos).

O BE, com 3,6%, obteve dois mandatos, a coligação PCP/PEV, com 2,6%, um, e o PPM, com 0,93% dos votos expressos, também um.

Estão inscritos para votar 228.999 eleitores.

O PS governa a região há 24 anos, tendo sido antecedido pelo PSD, que liderou o executivo regional entre 1976 e 1996.

Vasco Cordeiro, líder do PS/Açores e presidente do Governo Regional desde as legislativas regionais de 2012, após a saída de Carlos César, que esteve 16 anos no poder, apresenta-se de novo a votos para tentar um terceiro e último mandato como chefe do executivo.

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