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Covid-19: Motivemo-nos na prioridade de preservar a capacidade do SNS – Costa

LUSA
14-10-2020 14:22h

O primeiro-ministro, António Costa, pediu hoje aos portugueses que se motivem para o combate à pandemia com a prioridade de preservar a capacidade do Serviço Nacional de Saúde e evitar medidas que agravem a crise económica e social.

Na conferência de imprensa na qual anunciou um conjunto de oito decisões tomadas pelo Conselho de Ministros para “reforçar o sentido coletivo de prevenir a expansão da pandemia”, António Costa voltou a apelar ao comportamento individual uma vez que, tal como em março e abril, será da ação de cada uma das pessoas que “depende o sucesso do combate a esta pandemia”.

“Motivemo-nos naquilo que tem que ser a prioridade muito clara: preservarmos a capacidade do nosso Serviço Nacional de Saúde, assegurar que as atividades letivas vão prosseguir ao longo de todo o ano letivo sem interrupções nem incidentes e que não vamos ter que tomar nenhuma medida que agrave a crise económica e social que estamos a viver e que tem consequências desde já muito pesadas no emprego e no rendimento das famílias”, apelou.

Dirigindo-se aos portugueses, António Costa pediu que se vença o cansaço pela determinação que é preciso ter para ganhar “esta maratona, que é longa e que só terminará quando houver um tratamento eficaz ou uma vacina suficientemente difundida para assegurar a imunização comunitária”.

“Apelo a todos a que adotemos estes comportamentos e é só para os enquadrar que elevamos a situação de alerta para calamidade, que reforçamos as coimas e que apresentaremos a proposta de lei à Assembleia da República para tornar obrigatório o uso da máscara ou da aplicação”, justificou.

Para o primeiro-ministro, “mais do que a lei, mais do que a fiscalização das autoridades é a fiscalização da nossa própria consciência que se impõe” para a prevenção e controlo da expansão desta pandemia.

“Sei bem que hoje existe um cansaço em muitas pessoas relativamente ao conjunto de limitações que têm vindo a ser impostas à nossa vida em sociedade. Há em muitas pessoas, designadamente as de faixas etárias mais jovens, uma perceção errada de um menor risco dos efeitos da covid”, afirmou.

Assim, António Costa fez questão de “chamar a atenção que esse menor risco é ilusório”, desde logo porque a contração da covid “é um risco para o próprio mas é também um enorme risco de transmissão aos outros”.

“E o dever que temos é não só nos protegermos, mas o dever de proteger os outros”, enfatizou.

Por outro lado, de acordo com o chefe do executivo, trata-se de um vírus novo, que “a ciência ainda conhece insuficientemente, designadamente sobre as sequelas que pode deixar na saúde de cada um que seja infetado”.

“Nesse desconhecimento não podemos desvalorizar o risco futuro para a saúde de cada um de nós”, pediu.

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