A Covid-19 manifesta-se de diferentes formas, com ou sem sintomas dependendo das pessoas, atingindo vários órgãos, e não apenas os pulmões como inicialmente se pensava. E mesmo depois de curadas, algumas pessoas apresentam sequelas, que não as deixam retomar a sua vida habitual de imediato, como nos diz Fausto Pinto, Professor na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, diretor do Departamento de Coração e Vasos do Centro Hospitalar Lisboa Norte e presidente-eleito da Federação Mundial do Coração.

Em abril deste ano, foram muitos os elogios feitos ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) e aos portugueses pela forma como enfrentaram este novo coronavírus. Na Europa, os países agiram de formas diferentes, com resultados diferentes, o que leva muitos a refletir sobre os diversos sistemas de saúde e a sua eficácia.

Além do problema de saúde, e das mortes, a Covid-19 veio prejudicar gravemente a economia dos países afetados. Não podemos deixar de investir na saúde, para evitar consequências maiores nos outros setores. E por isso é importante analisar esta pandemia para aprendermos a viver com ela e prepararmo-nos para outras que possam surgir no futuro.

Para Fausto Pinto é importante que se passe a informação correta às populações. Com as redes sociais, são muitas as “fake news” e teorias que surgem diariamente que podem colocar comunidades em risco, como o movimento antivacinas.