Com a pandemia, muitas fragilidades nas Estruturas Residenciais para Idosos (ERPI) foram expostas, perante a opinião publica, revelando a falta de investimento nesta área.

Para o professor da Escola Superior de Saúde de Santa Maria, no Porto, tem de haver mudanças e soluções que se adequem à sociedade que somos hoje, bem diferente do que éramos há 10 ou 15 anos.

Como exemplo, José Manuel Silva, faz referência ao Modelo de Apoio à Vida Independente (MAVI), que ainda que seja direcionada a pessoas com deficiência, poderia ser adaptado a pessoas seniores ou outras dependentes.

A pensar no combate à solidão a Escola Superior de Saúde de Santa Maria, a ESE Paula Frassineti e a Caregivers Portugal lançaram um projeto de intervenção social, que pretende identificar pessoas fragilizadas socialmente que vivam isoladas e com pouco ou nenhum suporte social. 

Segundo o Instituto Nacional de estatística (INE), a 31 de dezembro de 2019, a população residente em Portugal foi estimada em quase 10300 mil pessoas, tendo o índice de envelhecimento atingido o valor de 163,2 idosos por cada 100 jovens. Já o ano passado o Ageing Europe 2019, do Eurostat, previa que em 2050, Portugal será o país mais envelhecido da União Europeia.

Perante o aumento do envelhecimento da população portuguesa, o presidente da Caregivers Portugal afirma que é necessário haver um investimento nesta área, pois as respostas que existem nem sempre são as melhores ou as mais adequadas ao que os idosos necessitam. E aqui a sociedade civil também tem o seu papel.

Para José Manuel Silva esta á uma área em que se tem de apostar. Sendo um país com uma população cada vez mais idosa, deve-se investir na geriatria, seja na formação de profissionais especializados seja em termos de negócio, para que hoje se prepare o dia de amanhã.