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“As consequências mentais da pandemia tocaram a toda gente”, afirma diretora e curadora do Festival Mental

CANAL S+ / VD
29-09-2020 14:26h

Ana Pinto Coelho garante que “desde os mais pequenos, passando pelos adolescentes até à população ativa, que subitamente se viu em tele-trabalho, a pandemia afetou todos”. Em entrevista ao Canal S+, a diretora e curadora do Festival Mental lembra que felizmente as consequências físicas da COVID-19 não vão atingir todos, mas o mesmo já não se pode dizer das mentais.

Amanhã e até 9 de Outubro, decorre mais um Festival Mental subordinado ao tema: “Pense, fale, saiba e reaja”, com o intuito de “falar claro e claramente sobre saúde mental”. Por causa da pandemia da COVID-19, o evento não irá decorrer em Ponta Delgada, nos Açores, como esteve previsto, mas antes em Lisboa, nomeadamente: no Cinema São Jorge, no Espaço Atmosfera M Lisboa e na Fábrica Braça de Prata. A ansiedade, o stress pós-traumático e a toxicodependência são os três grandes temas em destaque na edição deste ano, como explicou ao Canal S+, Ana Pinto Coelho.

Da programação do Festival Mental 2020 fazem parte: mostras de cinema internacional, M-Talks (debates públicos) sobre os temas com moderação de jornalistas, acompanhados pela exibição de longas metragens, peças de teatro, dança, música e de uma edição literária com chancela própria.

Para Ana Pinto Coelho, diretora e curadora do Festival Mental, o mais importante é “intervir quando as coisas estão a acontecer” e no ano da pandemia da COVID-19 nunca foi tão importante falar sem preconceitos de saúde mental como agora.

No evento, a curadora destaca ainda a “eco-ansiedade” como um sentimento emergente entre os mais jovens que se “sentem completamente impotentes perante o problema das alterações climáticas e a crescente poluição”.

O Festival Mental que arrancou, em 2017, tem vindo sempre a aumentar o número de participantes, tendo alcançado já a fasquia dos 1500.

Nos 10 dias do certame cerca de 94 profissionais, incluindo staff, voluntários, parceiros e patrocinadores recorrem à Cultura como grande aliada terapêutica da Saúde Mental, seja na prevenção ou simplesmente para ajudar a entender um Mundo de questões e problemas novos.

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