SAÚDE QUE SE VÊ

COVID-19: Lar de Reguengos de Monsaraz será caso único?

CANAL S+ / SO
25-08-2020 10:13h

O caso do lar de Reguengos de Monsaraz tem feito correr tinta nas páginas dos jornais. A auditoria da Ordem dos Médicos concluiu que o lar não cumpria as orientações da Direção-Geral da Saúde. 18 pessoas morreram, segundo o relatório, não por Covid-19, mas por outras causas.

Esta é uma situação que veio por a nu vários problemas que existem nas residências séniores e que se mantém por resolver, como nos diz Júlia Cardoso, Presidente da Associação dos Profissionais de Serviço Social.

Segundo a Ordem dos Médicos, o lar não tinha qualquer plano de contingência para tratar a doença, nem sequer havia a possibilidade de os pacientes ficarem em isolamento ou até cumprirem com a regra da «distância social exigida». O relatório revela ainda que existiam “quartos de quatro ou cinco camas numa parte do edifício antigo, degradado, com calor extremo, cheiro horrível, lixo no chão, vestígios de urina seca no pavimento”.

Para Júlia Cardoso é importante que se façam estas auditorias para se avaliar o que não está bem e poder corrigi-las, de modo a que situações como a de Reguengos de Monsaraz não se repitam.

No Lar Fundação Maria Inácia Vogado Perdigão Silva (FMIVPS) foram infetados 80 utentes e 26 funcionários. O total do surto de Reguengos de Monsaraz contabilizou 162 infetados.

MAIS NOTÍCIAS