A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, considerou hoje que todos aqueles que forem trabalhar para o setor social têm de ter formação específica, porque não é uma área “simples”, e um contrato de trabalho “digno”.
Após uma visita ao Centro de Apoio à Terceira Idade (CATI) de São Mamede de Infesta, em Matosinhos, distrito do Porto, a bloquista disse ser “absolutamente viável” dar formação própria a pessoas disponíveis para trabalhar neste setor.
“O setor social precisa de mais pessoas, sim, mas todas as que queiram vir precisam de formação específica porque não é um trabalho simples cuidar de pessoas num lar ou centro de dia. É preciso formação especial”, vincou.
Dar formação especializada é que é a urgência, venham as pessoas de que setor vierem, afirmou Catarina Martins, acrescentando que a essa condição é necessário somar um salário e uma carreira digna.
A líder do BE disse que os trabalhadores dos centros de dia, lares e residências para idosos têm sido “incansáveis” nesta fase e tem sacrificado a sua vida pessoal para garantir os cuidados aos utentes, mas apesar desses esforços ganham o salário mínimo ou pouco mais e são pouco valorizados do ponto de vista da carreira profissional.
Por isso, prosseguiu, para atrair mais pessoas para o setor social é necessário dar-lhes melhores contratos de trabalho, assim como “tratar bem” quem já está na área.
Na quarta-feira, o primeiro-ministro, António Costa, defendeu que os desempregados do turismo, uma das áreas mais atingidas pela crise gerada pela pandemia de covid-19, podem ser reconvertidos, com a formação necessária, como trabalhadores do setor social.