O Conselho Norueguês para os Refugiados revelou hoje a existência de um milhão de deslocados pela violência no Burkina Faso, no meio do surto de covid-19, denunciando a ocorrência de "alguns dos piores crimes” ao longo do processo.
A organização não-governamental (ONG) com sede em Oslo sublinhou que os níveis de deslocação – marcada por “assassinatos, raptos e bombardeamentos perpetrados contra civis, muitos dos quais crianças" - ocorreram num contexto em que a pandemia do novo coronavírus piora uma grave crise humanitária, já de si crítica.
“O Burkina Faso está a arder e a epidemia mais mortal neste momento é a violência generalizada perpetrada contra civis", disse Manenji Mangundu, responsável do Conselho Norueguês para os Refugiados no Burkina Faso.
Mais de 450.000 pessoas foram deslocadas em 2020, e um total de 184 ataques contra civis foram registados, de acordo com números do Conselho Burkinabe para Alívio de Emergência e Reabilitação.
O número de pessoas deslocadas internamente aumentou de 87.000 em janeiro de 2019 para mais de um milhão em agosto de 2020, sublinha o Conselho Norueguês para os Refugiados.