O protótipo Atena, que recebeu doações de 100 mil portugueses, foi chumbado numa primeira fase por sete dos dez peritos do INFARMED, especializados em dispositivos médicos, mas de seguida acabou por receber uma autorização especial assinada pelo próprio presidente da instituição, Rui Santos Ivo, contrariando a opinião do grupo de peritos.

Miguel Guimarães garante que “tratando-se de um equipamento que permite a vida ou a morte em situações de extrema gravidade, merecia que fosse tratado de outra forma” e aponta ao dedo ao Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor.

O projecto dos ventiladores pulmonares ATENA desenvolvido pelo CEiiA–Centro de Engenharia e Desenvolvimento, foi produzido em 45 dias, no âmbito da comunidade 4Life e reuniu conhecimento médico especializado, empresas, universidades e o apoio financeiro de mecenas e de milhares de portugueses.

O grupo de peritos do INFARMED justificou o chumbo do dispositivo médico dizendo que “ainda haveria margem para evoluir no seu aperfeiçoamento”.

O equipamento ATENA foi distinguido entre 349 iniciativas no concurso 'express' do programa Caixaimpulse da Fundação da Caixa, tem o apoio da Clarke Modet para a obtenção da Propriedade Intelectual e Industrial, anunciada a 21 de maio pela empresa.