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Biomédicas do Porto vai lecionar unidades de medicina dentária em 2020/21

LUSA
31-07-2020 17:33h

O Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) e a Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto (FMDUP) celebraram um acordo de colaboração científico-pedagógica e, no próximo ano letivo, 17 unidades curriculares de dentária serão lecionadas no instituto.

Em declarações à agência Lusa, Henrique Cyrne Carvalho, diretor do ICBAS avançou hoje que o acordo já estava a ser protocolado entre as duas instituições da Universidade do Porto desde o início do presente ano letivo.

“A minha expectativa é muito positiva. Estamos muito interessados em manter esta colaboração com a FMDUP, que será por cinco anos, mas que será também renovável e certamente que vai ser”, disse.

O acordo, celebrado entre as duas instituições, prevê que, no início do próximo ano letivo, 17 unidades curriculares “básicas” da área da saúde do curso de medicina dentária possam ser lecionadas nas instalações e por docentes do ICBAS.

“Tivemos de reforçar o nosso serviço docente e, nalguns casos, aumentar o número de lecionação dos professores. A colaboração entre as diferentes unidades orgânicas da Universidade do Porto é fundamental”, referiu Henrique Cyrne Carvalho, acrescentando que duas das 17 unidades vão ser lecionadas no Hospital de Santo António, no Porto, por forma aos estudantes terem “mais contacto com a prática clínica”.

Também em declarações à Lusa, o diretor da FMDUP, instituição que até então tinha um protocolo com a Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), afirmou que as “mudanças são sempre boas” e que esta representa, sobretudo, uma “grande oportunidade” para a instituição.

“Esta é uma época nova para a faculdade de medicina dentária. A mudança vai ser muito vantajosa, pese embora a nossa ligação com a FMUP”, referiu Miguel Pinto.

Miguel Pinto disse ainda que, antes da celebração do acordo, a instituição fez uma avaliação com o intuito de perceber se a mudança causaria transtorno aos estudantes, tendo concluído que “embora possa causar estranheza, o impacto para os estudantes é reduzido, uma vez que também a mobilidade na cidade está muito melhorada”.

À Lusa, o responsável adiantou ainda que esta mudança é “muito vantajosa” para os estudantes, especialmente, porque abriu portas a “novos estágios”, nomeadamente, no IPO do Porto e à “prática clínica”, algo que os estudantes não tinham acesso.  

“As unidades curriculares que agora passam a ser dadas no hospital eram, anteriormente, dadas de forma muito teórica numa sala de aula. Aliás, uma das razoes que nos fez fechar este acordo foi os estudantes passarem a ter mais prática clínica e verem o doente como um todo”, disse.

O presente acordo tem a duração de cinco anos, sendo que se renova automática e sucessivamente se não for denunciado por nenhuma das entidades.

 

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