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Organização GS1 junta-se a campanha mundial para prevenir falsificação de medicamentos

LUSA
30-07-2020 16:46h

A organização GS1 juntou-se a uma campanha mundial para prevenir a falsificação de medicamentos e sensibilizar para os perigos da sua toma, numa altura em que a indústria farmacêutica está sujeita a uma pressão acrescida devido à covid-19.

“A rápida e generalizada disseminação de rumores sobre a existência de tratamentos eficazes, vacinas e até ‘curas’ para a infeção por covid-19 confirmou o quão urgente é solucionar este problema”, refere em comunicado a GS1, uma organização global sem fins lucrativos que desenvolve ‘standards’ para melhorar a eficiência, a segurança e a visibilidade das cadeias de distribuição.

A campanha 'Fight the Fakes' (FTT) conta com 10 fundadores e 41 parceiros em todo o mundo, representando profissionais de saúde, nomeadamente médicos e enfermeiros, farmacêuticos, associações de doentes, a indústria farmacêutica e a sociedade civil.

Ao juntar-se à campanha, a GS1 disponibiliza “o seu conhecimento e experiência em 'standards' no setor da saúde como instrumentos de rastreabilidade e garantia de segurança ao longo de toda a cadeia de valor”.

Para João de Castro Guimarães, diretor-executivo da GS1 Portugal - Codipor, responsável pela introdução do código de barras em Portugal há mais de 30 anos, “a campanha tem vindo a dinamizar uma extraordinária iniciativa de sensibilização em todo o mundo para os perigos dos medicamentos falsificados”.

“É com entusiasmo que registamos a adesão da GS1 a esta causa que defendemos também localmente. O contributo da GS1, assente no nosso sistema de ‘standards’, previne a exposição de doentes ao risco de administração de medicamentos ou utilização de dispositivos médicos falsificados, evitando a respetiva disponibilização em farmácias, farmácias hospitalares e plataformas de venda online”, afirma no comunicado.

A campanha FTF pretende dar voz àqueles que sentiram na primeira pessoa os efeitos nefastos de medicamentos contrafeitos, bem como a relatos dos que estão empenhados em pôr fim a esta ameaça à saúde pública.

Dados da Organização Mundial de Saúde estimavam que, em 2017, um em cada 10 produtos médicos em circulação em países com baixos níveis de rendimento per capita é falso.

Para os promotores da campanha, a prevenção eficaz da falsificação de medicamentos exige esforços em várias frentes, desde a educação e consciencialização da sociedade e dos profissionais de saúde, passando por estruturas legislativas fortes e cadeias de distribuição de medicamentos seguras.

“Este último ponto de intervenção – a promoção de cadeias de distribuição de medicamentos seguras - é precisamente o foco do trabalho da GS1, com um sistema de códigos que garante a rastreabilidade e segurança da cadeia de distribuição”, sublinha oo comunicado.

A GS1 acredita que cadeias de distribuição de medicamentos e de dispositivos médicos mais seguras, aumentam inevitavelmente a segurança dos pacientes, melhoram a eficiência da própria cadeia de valor e asseguram a rastreabilidade dos medicamentos.

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