Em conferência de imprensa virtual, ativistas do Brasil e de vários outros países afirmaram que as comunidades de indígenas, que já lidavam em primeira mão com a destruição da floresta tropical pelos incêndios e desflorestação, estão a sofrer com a covid-19 às mãos de um governo que já negava os efeitos das alterações climáticas e agora desvaloriza o impacto da própria pandemia.

O dinheiro, recolhido através da campanha “SOS Amazonia” do Fridays for Future Brasil, será usado na capital do estado do Amazonas e em outras zonas mais rurais do estado para comprar comida para as comunidades, fornecer meios como internet para a telemedicina e comprar máscaras de proteção.

“Se ajudarmos a proteger os indígenas, também estamos a defender a floresta”, afirmou Iann Coelho, declarando que a campanha se ajuda a “defender os defensores” da Amazónia porque “o Governo brasileiro não os apoia”.

A ativista Amália Garcez afirmou que a crise da covid-19 “deu às pessoas uma ideia de como estão impreparadas, foi um acordar duro e horrível” que não deve distrair da realidade das alterações climáticas.

“Precisamos de fazer tudo o que pudermos”, afirmou a sueca Greta Thunberg, figura de proa do movimento Fridays dor Future, declarando que “é a hora de a juventude erguer a voz”.

O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar o segundo maior número de infetados (mais de 614 mil, atrás dos Estados Unidos) e o terceiro de mortos (34.021, depois de Estados Unidos e Reino Unido).