SAÚDE QUE SE VÊ

BE quer audição urgente de Diretora Geral da Saúde sobre mortes maternas

LUSA
29-11-2019 17:42h

O Bloco de Esquerda pediu hoje uma “audição urgente” da Diretora Geral da Saúde, Graça Freitas, no parlamento sobre o aumento da taxa da mortalidade materna.

O grupo parlamentar do CDS-PP pediu também esclarecimentos ao Governo, através de um requerimento, sobre os dados hoje avançados pelo jornal Público, segundo os quais a taxa de mortalidade na gravidez quase duplicou, passando, em valores absolutos, de nove mortes em 2017 para 17 em 2018.

Os números do Instituto Nacional de Estatística (INE), citados pelo jornal, revelam que só em Dezembro de 2018 registaram-se seis mortes de mulheres na sequência de gravidez, parto ou no puerpério (42 dias após o parto) – o mesmo número do total de mortes em todo o ano de 2016.

Segundo as contas da Pordata, igualmente citadas pelo jornal, a taxa passou de 10,4 para 19,5 mortes por cada cem mil nascimentos e não atingia valores tão elevados desde 1980.

“É um número e uma evolução intolerável, que não só merece preocupação, como exige explicações”, sustentam os deputados bloquistas.

O BE recorda que, em maio deste ano, a Direção Geral da Saúde constituiu um grupo de trabalho para estudar o aumento da mortalidade materna e as suas possíveis causas e quer que as suas conclusões sejam dadas a conhecer na comissão parlamentar de saúde.

Já os centristas, questionam no requerimento a DGS sobre os dados, querem saber quais os “problemas identificados pela tutela que justifiquem este aumento” e que medidas têm vindo a ser tomadas para contrariar este aumento.

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