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Covid-19: Federação Nacional das Associações Juvenis lança 'site' para incentivar voluntariado

LUSA
17-04-2020 16:17h

A Federação Nacional das Associações Juvenis vai lançar na segunda-feira uma plataforma que, ao mapear as associações que já estão a “ajudar no combate à covid-19”, visa incentivar outros jovens a voluntariarem-se, revelou hoje o presidente.

Em declarações à Lusa, o presidente da Federação Nacional das Associações Juvenis (FNAJ), Tiago Manuel Rego, explicou que a plataforma, intitulada ‘Liga-te’, vai mapear mais de 70 associações de jovens que, por todo o país, já estão a “combater os problemas causados pela covid-19”.

“Ao fazermos este mapeamento, estamos a dizer aos jovens que há associações que, numa ação coordenada e articulada com as autoridades locais, estão a dar resposta a algumas necessidades da população, e que se tiverem vontade, podem fazer voluntariado de forma segura e responsável”, referiu.

A plataforma ‘Liga-te’, que entra em funcionamento segunda-feira, pretende assim incentivar outros jovens a ajudar, bem como estimular outras associações a “replicarem as boas práticas” junto das suas populações.

Entre as várias associações de jovens que a FNAJ conseguiu mapear, há quem se dedique a recolher materiais para os profissionais que estão “na linha da frente”, como viseiras, máscaras e gel desinfetante, e até quem leve bens alimentares e medicação à população mais idosa.

“Não me espanta que os jovens tenham feito esta ação musculada e partido para o terreno para mitigar os impactos da crise, mas, de certa forma, fazem isto sabendo à partida que numa crise destas, eles serão, posteriormente, os mais vulneráreis e isso é um ato de altruísmo”, considerou Tiago Manuel Rego.

O presidente da FNAJ adiantou que, além deste apoio à população, algumas associações estão também a desenvolver trabalho junto de outros jovens, alguns com carências, nomeadamente de materiais informáticos, e outros com “depressão”.

Nesse sentido, a FNAJ, em colaboração com a Ordem dos Psicólogos, vai disponibilizar na plataforma alguns manuais e dotar as associações de “ferramentas” para que, neste momento, em que a depressão pode “facilmente ser agudizada face ao isolamento social” ajudar os jovens.

A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 145 mil mortos e infetou mais de 2,1 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 465 mil doentes foram considerados curados.

Portugal regista 657 mortos associados à covid-19 em 19.022 casos confirmados de infeção, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia.

 Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa quatro mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos, como Dinamarca, Áustria ou Espanha, a aliviar algumas das medidas.

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