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Covid-19: OMS pede a governos que permitam comércio de equipamentos de proteção

LUSA
20-03-2020 20:10h

A Organização Mundial de Saúde (OMS) pediu hoje aos governos que não cancelem exportações de equipamentos de proteção necessários aos profissionais de saúde que combatem a pandemia de Covid-19.

Em conferência de imprensa na sede da OMS, em Genebra, o diretor-geral da organização, Tedros Ghebreyesus, defendeu que é preciso aumentar a produção destes equipamentos “porque a oferta não satisfaz a procura”.

Houve “um colapso do mercado de equipamentos de proteção individual”, que cria “dificuldades extremas em garantir que os profissionais de saúde têm acesso ao equipamento de que precisam para fazer o seu trabalho em segurança e de forma eficaz”.

Aos governos, a OMS pede “compromisso político para aumentar a produção e para garantir a mobilidade livre através das fronteiras”.

“Não devemos banir as exportações”, exortou, salientando que a “distribuição equitativa” desses equipamentos é essencial, porque nem todos os países conseguem ter todos os que precisam.

A OMS está a negociar com fabricantes chineses a compra de testes, e equipamentos como máscaras, luvas e batas, que carecem de avaliação de entidades independentes para garantir a sua segurança, mas a ideia é “encher os armazéns” e criar “uma cadeia de fornecimento contínuo” para os locais onde forem mais necessárias.

Os profissionais de saúde que combatem a doença são os mais necessitados, destacou Ghebreyesus.

A consultora da OMS e especialista em epidemias Maria Van Kerkhove afirmou que é preciso “garantir que se dá prioridade ao uso de máscaras para quem está na linha da frente” do combate à pandemia.

“Imploramo-vos: se não precisam de usar máscara em casa, não usem. Não açambarquem essas máscaras”, apelou, salientando que quem não está a cuidar de pessoas infetadas não precisa de máscara.

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