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OMS saúda redução da mortalidade infantil e investimentos no setor em Angola

LUSA
24-11-2025 21:39h

O diretor-geral da OMS saudou hoje, em Luanda, a redução da mortalidade materna e infantil, a diminuição da transmissão do VIH de mãe para o filho e os investimentos no setor da saúde em Angola, anunciou fonte governamental.

Tedros Adhanom Ghebreyesus, em visita na capital angolana no âmbito da 7ª Cimeira União Africana - União Europeia, manteve hoje um encontro com a ministra da Saúde de Angola, Sílvia Lutucuta, e visitou algumas unidades hospitalares onde constatou o grau de funcionamento e atendimento aos pacientes.

O Ministério da Saúde, em comunicado, refere que o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), considerou que Angola “está a apresentar resultados concretos, especialmente na redução da mortalidade materna e infantil e na diminuição da transmissão do HIV de mãe para filho. Estes resultados falam por si próprios”.

Após uma reunião com a ministra angolana, Tedros Adhanom Ghebreyesus, citado no comunicado, destacou igualmente o investimento que Angola está a fazer no capital humano ligado ao setor da saúde, considerando “essencial para a sustentabilidade do sistema de saúde e prestação de serviços de qualidade”.

Sílvia Lutucuta deu conta que decorrem trabalhos de modernização das unidades hospitalares visando garantir que os serviços de saúde chegam às populações com mais qualidade, humanização e eficiência”.

As estruturas visitadas demonstram avanços na capacidade tecnológica e na oferta de cuidados primários e especializados. A ministra disse que já foram vacinadas 1.249.623 meninas (63%) na campanha nacional contra o HPV. A cobertura nas escolas atingiu 95%, e oito províncias superaram os 80% de cobertura, refere-se no comunicado.

"Estamos fortemente empenhados na eliminação do cancro do colo do útero. A vacinação contra o HPV é uma prioridade nacional e uma grande conquista para a saúde das nossas meninas", afirmou Sílvia Lutucuta.

Para o diretor-geral da OMS, a vacinação “é muito segura, salva-vidas e é uma das ferramentas mais poderosas da saúde pública. Angola está a dar passos importantes e a OMS continuará a apoiar estes esforços”, assegurou.

Durante a visita, segundo o Ministério da Saúde, o responsável reafirmou o compromisso da organização com o país nas áreas prioritárias de saúde primária, produção de medicamentos, combate à resistência antimicrobiana e resposta a emergências sanitárias.

Reconheceu igualmente o papel da liderança angolana na consolidação do sistema de saúde e “elogiou o Presidente angolano, João Lourenço, destacando o seu compromisso político com a saúde pública”.

A ministra angolana revelou, na ocasião, que entre 2017 e 2024, foram integrados 46.604 novos profissionais de saúde e que está em curso o “maior programa nacional de especialização” visando assegurar cuidados de saúde de qualidade, desde o nível primário até aos serviços especializados”.

Lutucuta informou ainda ao diretor-geral da OMS que o país reduziu a mortalidade materna infantil de 44 para 32 por 1.000 nados vivos e a mortalidade de menor de 5 anos de 6 para 52 por 1.000 nados vivos.

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