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Vereadores do PS apelam ao presidente de Sintra para que apoie a família da guineense Umo Cani

LUSA
10-11-2025 21:37h

Os vereadores Socialistas em Sintra apelaram hoje ao presidente da Câmara Municipal para que contacte e apoie a família da grávida guineense, falecida no dia 31, no Hospital Amadora Sintra, e consideram "inaceitável" que tal não tenha sido feito.

Numa carta dirigida ao Presidente da Câmara Municipal de Sintra, Marco Almeida, os vereadores do Partido Socialista (PS) Ana Mendes Godinho, Bruno Parreira, Eduardo Quinta Nova e Filomena Pereira asseguram que "reuniram com a família das vítimas", a grávida Umo Cani e o bébé, que acabou também por falecer um dia depois, e que vive em Agualva, concelho de Sintra, e constataram que estes não receberam, até ao momento, "qualquer contacto, informação ou apoio de emergência por parte da Câmara Municipal". O que consideram "inaceitável".

No passado dia 31 de outubro de 2025, a cidadã guineense Umo Cani, com visto de residência em Portugal, que vivia em Agualva e se encontrava grávida, faleceu "num contexto trágico, que viria a ser ainda mais agravado pelo falecimento no dia seguinte, 01 de novembro de 2025, no Hospital Fernando da Fonseca [conhecido por Amadora-Sintra], do seu bebé", referem os socialistas signatários do documento, que enviaram à Lusa.

Por isso, apelam, à Câmara Municipal de Sintra para que "contacte com urgência" os familiares das vítimas, para identificação das suas necessidades de apoio psicossocial face à tragédia que viveram e vivem.

 E ao Presidente da Câmara pedem para que "assuma as diligências necessárias para garantir que a Câmara Municipal de Sintra acompanha a família das vítimas e garante as respostas sociais de emergência necessárias face à gravidade da situação, incluindo acompanhamento dos filhos menores, caso seja necessário".

Os vereadores apelam também para que seja averiguado, pela Câmara, junto da Segurança Social, a razão pela qual "esta entidade nunca atribuiu número de Segurança Social à vítima, apesar desta ter autorização de residência desde 27 de dezembro de 2024 e de ter solicitado a atribuição de NISS", o que a impediu de trabalhar e de estar integrada no sistema de proteção social, adiantam.

Mas também apelam para que a Câmara e o seu presidente se empenhem para "sejam apuradas junto do Ministério da Saúde as circunstâncias em que ocorreu esta tragédia", impedindo que se repita uma situação destas no concelho de Sintra.

Os vereadores socialistas, concluem dizendo que o Presidente da Câmara deve mantê-los informados "sobre todas as ações desenvolvidas e conclusões apuradas" no âmbito desta "situação grave".

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