A Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) considera que o aumento da lista de espera de cirurgia oncológica, no primeiro semestre, é revelador da resposta insuficiente e inadequada do Governo para estes doentes, e apelou a uma resposta robusta.
Reconhecendo que houve esforço do executivo, o presidente da Liga, Vitor Veloso, em declarações à Lusa, considerou que tal esforço não foi consequente para uma resposta adequada, e alertou que são precisos mais meios e outros programas de incentivos, como em anos anteriores.
Vitor Veloso lembrou também as consequências de um aumento da lista de espera para a qualidade de vida dos doentes e famílias envolvidos, e destacou que a resposta do Governo não correspondeu às necessidades dos doentes.
A Entidade Reguladora da Saúde (ERS) divulgou hoje que são mais de 7.500 os doentes que aguardavam cirurgia oncológica no final de junho, a grande maioria nos hospitais públicos, que tiveram um aumento de 4,7% na lista de espera.
Os dados constam da monitorização aos tempos de espera no Serviço Nacional de Saúde (SNS) no primeiro semestre deste ano que indica que, em 30 de junho, existiam 7.538 utentes a aguardar cirurgia oncológica programada, 7.468 dos quais no setor público.