O Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Serviços e de Entidades com Fins Públicos (STSS) fez hoje um balanço positivo da greve dos trabalhadores da saúde, apontando para uma adesão de cerca de 80%.
“O balanço é positivo sem sombra de dúvida. Existem serviços que estão completamente parados e alguns parcialmente parados. Até há pouco tempo, falávamos em 80%” de adesão, disse à agência Lusa a secretária-geral do STTS, Matilde Pereira.
A responsável sindical lamentou alegadas distorções por parte das chefias, que terão informado os “colaboradores que esta greve não seria de todo validada”.
“O STTS repudia todas essas declarações e irá defender o seu bom nome em sede própria”, afirmou, sublinhando que a greve foi validada pelo Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP) e que apenas o sindicato teria competência para a desconvocar, o que não aconteceu.
A sindicalista denunciou ainda que, nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira, muitos trabalhadores não participaram por as chefias negarem “reconhecer greves convocadas a partir do continente”.
Casos de intimidação, ameaças de sanções e transferências de serviço foram também mencionados, com o STTS a considerar estas atitudes indignas.
“O Serviço Nacional de Saúde precisa de ser reconstruído e não dirigido desta forma”, frisou.
De manhã, o STTS já tinha denunciado que estavam a registar-se impedimentos à greve, nomeadamente dos enfermeiros, em várias unidades de saúde do país.
A paralisação foi decretada para hoje, entre 00:00 e as 23:59.