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Médio Oriente: Médicos Sem Fronteiras pedem a países que recebam doentes de Gaza

Lusa
21-10-2025 13:30h

A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) pediu hoje aos governos, incluindo o português, que aumentem de forma “drástica e urgente” as transferências médicas de doentes da Faixa de Gaza sem acesso a cuidados de saúde.

De acordo com a MSF, mais de 15.600 pessoas, incluindo 3.800 crianças, aguardam evacuação médica de Gaza, onde pelo menos 740 doentes morreram entre julho de 2024 e agosto de 2025 enquanto esperavam tratamento.

O presidente internacional da organização, Javid Abdelmoneim, afirmou em comunicado que “estes são casos de morte evitável” e acusou a comunidade internacional de “inação política”, nomeadamente Portugal, que segundo a MSF, ainda não recebeu nenhum paciente proveniente de Gaza.

A organização alertou que o sistema de saúde de Gaza “colapsou totalmente”, com apenas 14 dos 36 hospitais a funcionar parcialmente e defendeu que as evacuações médicas devem ser acompanhadas por um aumento da ajuda humanitária e pela manutenção do cessar-fogo.

“Os palestinianos em Gaza enfrentam um genocídio. Os governos que podem salvar vidas não devem permanecer inativos”, afirmou Abdelmoneim.

Em dois anos de guerra no Médio Oriente, cerca de 67 mil palestinianos foram mortos na Faixa de Gaza, segundo dados confirmados pela ONU, incluindo 1.700 profissionais de saúde, entre eles 15 trabalhadores da MSF.

A guerra foi desencadeada pelo movimento islamita palestiniano Hamas, que atacou Israel em 07 de outubro de 2023, matando cerca de 1.200 pessoas e raptando mais de duas centenas.

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