“Em 2024, a distribuição farmacêutica contribuiu com 0,11% do valor do PIB nacional, através dos seus 302 milhões de euros de impactos diretos e indiretos”, segundo a análise Caracterização e Avaliação do Impacto da Distribuição Farmacêutica em Portugal, desenvolvida pela Deloitte.

Verificou-se assim um crescimento de aproximadamente 31% no impacto económico deste setor no PIB.

Do valor total, 192 milhões de euros foram resultantes do impacto direto no PIB, nomeadamente no que diz respeito aos gastos operacionais, como combustível e material de escritório, e investimentos na aquisição de frota, infraestruturas, entre outros.

Já os restantes 110 milhões de euros foram acrescentados ao PIB através dos efeitos indiretos da atividade de distribuição farmacêutica, “refletindo as interligações produtivas entre diferentes setores”.

No ano passado, a exportação de fármacos representou 1,6% do volume total produzido e 3% do valor.

O Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde indeferiu, neste período, 9.559 pedidos de intenção de exportação, ou seja, 35% do total.

De acordo com o mesmo estudo, as regiões com maior impacto no volume de negócios dos distribuidores farmacêuticos de serviço completo são o Norte, Lisboa e Centro, que representam perto de 88% do volume total.

Já no que se refere ao emprego, a distribuição farmacêutica contou com 3.160 colaboradores indiretos, acima dos 1.873 reportados em 2020.

O número de colaboradores diretos, por seu turno, passou de 2.054 em 2020 para 2.056 quatro anos depois.

Por cada emprego direto da distribuição foi gerada uma média de 1,5 postos de trabalho noutros setores da economia.

Dos 2.056 colabores diretos registados em 2024, 31% têm entre 35 e 44 anos e 28% entre 55 e 54 anos.

Os trabalhadores com menos de 24 anos representam apenas 3% do total.

O setor da indústria farmacêutica representa 29.000 milhões de euros e pesa 10,2 no PIB - Produto Interno Bruto (dados provisórios).

Para este estudo foram tidos em conta dados do Eurostat, Pordata, HMR - Health Market Research, IQVIA, European Federation of Pharmaceutical Industries and Associations, Serviço Nacional de Saúde, Infarmed, ADIFA – Associação de Distribuidores Farmacêuticos, CEFAR – Centro de Estudos e Avaliação em Saúde, INE – Instituto Nacional de Estatística, RFI, Apifarma – Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica, GIRP – European Healthcare Distribution Association e da DGS – Direção-Geral da Saúde.