Pelo menos 24 pessoas morreram no primeiro semestre deste ano, na província moçambicana de Tete, centro do país, vítimas da malária, com registo de mais 667 mil casos, anunciou hoje o Governo local.
“Queremos aqui salientar que a malária continua a ser um grande problema de saúde pública ao nível da nossa província, porque só no primeiro semestre nós registámos mais 667 mil casos contra os 482 mil de igual período do ano passado e infelizmente o registo que nós temos ao nível das unidades sanitárias é que tivemos 24 óbitos”, disse o governador da província de Tete, Domingos Viola.
Os dados apresentados pelo governante indicam que o número de óbitos no primeiro semestre deste ano triplicou em comparação com os dados do mesmo período de 2024, em que a malária matou oito pessoas naquela província, pelo que pediu ações eficazes para travar as mortes.
A Lusa noticiou em 17 de junho que pelo menos 270 pessoas morreram vítimas de malária de janeiro a maio deste ano em Moçambique, que registou mais de seis milhões de casos.
As estatísticas do Governo moçambicano até maio indicam que o país registou um total de 6.146.600 de casos de malária em cinco meses do ano, com a província da Zambézia a liderar a lista com 1.482.969, seguida de Nampula com 1.465.364, Sofala com 476.333 e Niassa com 459.857 casos.
Pelo menos 358 pessoas morreram vítimas de malária em 2024 em Moçambique, que registou mais de 11,5 milhões de casos e cerca de 67 mil internamentos, avançou em 25 de abril o Presidente moçambicano, no âmbito do Dia Mundial da Malária, pedindo maior proteção para as crianças.
As autoridades moçambicanas disseram antes que seria utilizada no país a R21/Matrix-M, segunda vacina contra a malária para crianças, desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, e aprovada em outubro pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para travar a doença.
A vacina já em utilização em Moçambique é a segunda recomendada pela OMS, após a RTS,S/AS01 em 2021, seguindo os conselhos do Grupo Consultivo Estratégico de Peritos em Imunização (SAGE) e do Grupo Consultivo de Políticas sobre Malária (MPAG).