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OMS pede esforços para combater hepatite que causa 1,3 milhão de mortes por ano

Lusa
28-07-2025 18:55h

A Organização Mundial de Saúde (OMS) instou hoje governos e parceiros a acelerarem urgentemente esforços para eliminar a hepatite viral, que afeta 300 milhões de pessoas e causa mais de 1,3 milhões de mortes por ano.

A hepatite viral B, C ou D afeta 300 milhões de pessoas em todo o mundo, causando a morte de 1,3 milhões em casa ano, principalmente de cirrose e cancro de fígado, destacou a OMS, em comunicado, no Dia Mundial da Hepatite, que hoje se assinala.

"A cada 30 segundos, alguém morre de uma doença hepática grave ou cancro de fígado relacionado com a hepatite, mas existem ferramentas para impedir isso", disse o Diretor-Geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, citado no documento.

A organização destaca que a hepatite D foi recentemente classificada pela Agência Internacional de Pesquisa sobre o Cancro (IARC) como cancerígena para humanos, algo que já tinha sido confirmado para os tipos B e C.

Refere ainda estudos da IARC que indicam que a hepatite D, que afeta apenas pessoas infetadas pelo vírus da hepatite B, está associada a um risco de cancro de fígado de duas a seis vezes maior do que as infetadas apenas pelo segundo vírus.

Destacando que os cinco tipos de hepatite viral (A, B, C, D e E) estão entre as principais causas de infeção aguda do fígado, a OMS lembra que apenas os tipos B, C e D podem gerar infeções crónicas que aumentam o risco de cirrose, insuficiência hepática ou cancro de fígado.

O diretor-geral alertou ainda para o facto de a maioria das pessoas com hepatite desconhecer que está infetada, indicando dados de 2022 que confirmam que apenas foram diagnosticados 13% dos afetados pelo tipo B e 36% pelo tipo C, além de as taxas de tratamento serem de 3% para hepatite B e 2% para hepatite C.

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