“Temos metas até 2030, temos que reduzir a mortalidade infantil, só temos mais cinco anos pela frente e a vacinação é uma arma fundamental para reduzir a mortalidade infantil no nosso país”, disse o ministro da Saúde, Ussene Isse, durante a cerimónia de receção de vacinas BCG, doadas pelo Governo do Brasil, em Maputo.

As autoridades moçambicanas de saúde receberam em 30 de junho dois milhões de doses da vacina contra a tuberculose (BCG), suficientes para seis meses, após a situação de rutura.

Durante a entrega das vacinas hoje, o embaixador de Brasil em Moçambique, Ademar Seabra, referiu que o apoio em vacinas constitui uma etapa importante na cooperação dos dois países lusófonos.

“Queremos que (...) continue a ser uma expressão de diversas ações de trabalho conjunto que (...) temos entre os dois países”, disse então o representante brasileiro.

As autoridades de saúde de Moçambique garantiram também que, com os dois milhões de doses que chegaram naquela data, o país tem uma capacidade para seis meses de vacinação.

As autoridades moçambicanas estimaram em 25 de julho que cerca de 130.000 crianças ainda não foram imunizadas contra diferentes doenças infantis no país, destacando, no entanto, melhorias significativas na cobertura de vacinação.

"Os esforços que nós vamos continuar a fazer, neste ano e no próximo, são de trabalhar para garantir que consigamos reduzir até metade os casos", disse o chefe do Programa Alargado de Vacinação do Ministério da Saúde, Leonildo Nhampossa.

Moçambique pretende vacinar seis milhões de crianças menores de 1 ano até 2030 para travar a mortalidade com doenças como malária, diarreia e pneumonia, para se reduzir o número de 25 mortos em menores de 5 anos em cada mil nados vivos, de acordo com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS).