No primeiro episódio de Amor Imperfeito, o psiquiatra Vitor Cotovio sublinhou que não aconselha redes sociais a jovens antes dos 14/16 anos.
As redes sociais têm um lado positivo, mas a supervisão tem que estar presente em idades mais jovens.
Na opinião do médico psiquiatra, "o ecrã não permite ver o impacto do sofrimento do outro, relativiza-se o sofrimento, ficamos acéfalos"
Recordamos as orientações da UNICEF para um convívio saudável com os ecrãs:
O equilíbrio digital constrói-se no mundo real. A participação em atividades offline — como desporto, convívio ou tarefas em casa — ajuda as crianças e jovem a terem uma relação mais saudável com os ecrãs.
1. Defina regras simples para um ambiente digital mais seguro: Estabeleça horários para usar dispositivos e defina zonas sem ecrãs (como à mesa ou nos quartos à noite). Guarde os dispositivos fora dos quartos durante a noite — uma boa noite de sono também protege online.
2. Crie confiança através do diálogo: Fale regularmente sobre o que os seus filhos veem e fazem online — mostre interesse, sem julgamento. Não evite os temas difíceis. Aborde o cyberbullying, as redes sociais e a saúde mental com empatia.
3. Dê o exemplo no uso da tecnologia: Reveja os seus próprios hábitos digitais. As crianças aprendem mais com o que veem do que com o que ouvem. Mostre que há vida além do ecrã: convívio em família, tempo ao ar livre, leitura, jogos, descanso.
4. Ensine sobre segurança e responsabilidade online: Fale sobre privacidade: explique os riscos de partilhar informação pessoal. Mostre como os seus comportamentos moldam os algoritmos: o que comentam e onde clicam influencia o que veem. Incentive-os a pensar antes de publicar — tudo deixa rasto.
5. Esteja presente — seja o porto seguro que eles precisam: Deixe claro que podem contar consigo, mesmo quando algo corre mal online. Escute antes de reagir — compreenda antes de julgar. A melhor proteção é sentir-se acompanhado. Esteja lá, sempre.