SAÚDE QUE SE VÊ

PR moçambicano promete melhorar condições de trabalho dos enfermeiros

LUSA
12-05-2025 07:32h

O Presidente moçambicano, Daniel Chapo, prometeu continuar a investir na melhoria das condições de trabalho e no reconhecimento da carreira dos profissionais de saúde, quando se assinala hoje o dia internacional do enfermeiro.

Citado num comunicado divulgado pela Presidência da República, o chefe de Estado promete que o Governo continuará “a investir no fortalecimento da classe, com enfoque em melhores condições de trabalho, formação contínua, reconhecimento da carreira e bem-estar profissional”.

 “É nossa convicção que cuidar de quem cuida é investir no capital humano e garantir o alicerce para uma nação mais saudável, produtiva e próspera”, lê-se na mensagem de Daniel Chapo.

O setor da saúde enfrenta, há três anos, greves e paralisações, em que a Associação dos Profissionais de Saúde Unidos e Solidários de Moçambique (APSUSM), que abrange cerca de 65.000 profissionais de saúde de diferentes departamentos.

A APSUSM exige que o Governo providencie medicamentos aos hospitais, face às necessidades - com os fármacos, em alguns casos, a serem adquiridos pelos próprios pacientes -, assim como a compra de camas hospitalares.

Outras reivindicações passam pela resolução da "falta de alimentação", pelo equipamento de ambulâncias com materiais de emergência e equipamentos de proteção individual não descartáveis, cuja falta vai "obrigando os funcionários a comprarem do seu próprio bolso", pelo pagamento de horas extraordinárias, além de exigirem um melhor enquadramento no âmbito da Tabela Salarial Única (TSU).

O Sistema Nacional de Saúde moçambicano enfrentou também, nos últimos dois anos, diversos momentos de pressão, provocados por greves de funcionários, convocadas pela Associação Médica de Moçambique (AMM) em exigência às melhorias das condições de trabalho.

O país tem um total de 1.778 unidades de saúde, 107 das quais são postos de saúde, três são hospitais especializados, quatro hospitais centrais, sete são gerais, sete provinciais, 22 rurais e 47 distritais, segundo os dados mais recentes do Ministério da Saúde.

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