SAÚDE QUE SE VÊ

Moçambique vai avançar com controlo electrónico para travar roubo de medicamentos

LUSA
11-05-2025 20:13h

O Governo moçambicano vai introduzir um sistema eletrónico para o controlo de medicamentos do sistema nacional da saúde para travar roubos e prometeu expulsar os profissionais do setor que forem encontrados a roubá-los.

“Devo aqui garantir publicamente, para a questão do roubo de medicamentos na saúde não haverá contemplações, tolerância zero. Aqueles que forem encontrados a roubar medicamentos e que são funcionários do Ministério da Saúde não terão espaço para trabalhar no sistema nacional de saúde. Tolerância zero, é para expulsar mesmo, não há negociação possível”, prometeu o ministro da Saúde, Ussene Isse, em declarações aos jornalistas à margem da visita que efectuou hoje ao Hospital Provincial de Tete, centro do país.

O governante prometeu avançar com um sistema eletrónico para o rastreamento de medicamentoa do sistema nacional de saúde, cuja intenção é travar os constantes relatos de casos de roubo de fármacos e outros equipamentos médicos.

“Significa que os medicamentos que vão entrar daqui para frente em Moçambique terão um selo e este selo, ao ser violado, está conectado a um sistema eletrónico, quer dizer que a digitalização vai trazer revolução nos setor e vai nos ajudar a controlar e a saber onde o medicamento está a ser vendido ou comercializado”, explicou Ussene Isse.

Em abril de 2024, as autoridades de saúde em Sofala reconheceram, na Beira, limitações no controlo dos armazéns de medicamentos, uma semana após a detenção de seis pessoas, incluindo funcionários da saúde, por contrabando de medicamentos.

“Embora haja um sistema de controlo, não conseguimos ter vídeo vigilância nos locais, talvez isso possa ajudar a melhorar a segurança nos locais de depósitos”, declarou à Lusa Neusa Joel, diretora provincial de Saúde em Sofala, centro de Moçambique.

Em março do ano passado, seis pessoas, quatro das quais funcionários de centros de saúde, foram detidas na cidade da Beira, centro do país, por alegada tentativa de contrabando de medicamentos para a vizinha República do Zimbabué.

MAIS NOTÍCIAS